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Joaquim Alexandre Rodrigues
Ser migrante é ter dentro “o animal que espeta os cornos no destino” de que fala Natália Correia na sua “Queixa das almas jovens censuradas”. É não se conformar com um destino mau e querer um futuro melhor para si e os seus.
Desejo tanto sucesso aos imigrantes que, nos últimos anos, vieram trabalhar para Portugal como o que tiveram os meus familiares que, durante o salazarismo, foram para o Brasil e para a Alemanha.
Em Dezembro de 2017 tínhamos 421.785 estrangeiros residentes em Portugal; em Dezembro de 2024, 1.546.521. Em sete anos, mais um milhão e cem mil pessoas, um crescimento avassalador impulsionado pela economia gig, os grandes grupos económicos, a agricultura intensiva e as esquerdas. Foi uma santa aliança entre o pior do neoliberalismo (sempre à procura de mão-de-obra barata) e o pior do esquerdismo (que lha entrega pressurosamente porque já só se interessa por causas woke e anti-ocidentais e não quer saber dos trabalhadores nacionais para nada).
Felizmente, o PSD e o PS perceberam o erro. Acabou a “Manifestação de Interesse”. Vale mais tarde do que nunca. Agora há que apoiar os imigrantes, dar-lhes condições de vida, libertá-los das mafias, prender quem os explora, responsabilizar as empresas que os querem contratar.
Ao contrário do que dizem os empresários e as esquerdas woke (mais estas do que aqueles), um imigrante não é só uma unidade produtiva que está a aumentar o PIB e as contribuições para a segurança social. Essa é uma visão de sanguessuga, grosseira, materialista. Um imigrante é uma pessoa com os seus valores, a sua cultura, as suas crenças. Um aumento tão grande e tão rápido impacta necessariamente o nosso corpo social. E, convém não esquecer, ao fim de cinco anos de residência, um imigrante pode adquirir nacionalidade portuguesa, uma facilidade que precisa de ser repensada.
Dois melindres potenciais:
— há um risco severo para o estatuto das mulheres proveniente dos evangélicos/pentecostalistas e, ainda mais, dos islâmicos;
— há um risco para o estado laico proveniente dos islâmicos e, acima de tudo, dos evangélicos/pentecostalistas; por exemplo, foi a “teologia do domínio” destes que pôs Bolsonaro no poder em Brasília; nas eleições legislativas de Março de 2024, o voto evangélico fez crescer o Chega e o ADN, um partido que poderá entrar no nosso parlamento já em 18 de Maio.
Primavera musical de Viseu
Está a decorrer o 18º Festival Internacional de Música da Primavera de Viseu. Abril, em Viseu, é música de primeiro plano.
Décadas de trabalho competente e dedicado do Conservatório Regional de Música de Viseu Dr. José Azeredo Perdigão criaram um público sabedor que acorre em força e paga o seu bilhete para assistir aos concertos deste Festival. Uma felicidade e um privilégio. O festival prossegue até 25 de Abril. Os bilhetes são compráveis online.
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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José Junqueiro
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Vitor Santos
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José Carreira
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João Alves