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Home » Notícias » Cultura » 2ª edição do festival de rock and roll Luna Fest, em Coimbra, acontece este fim de semana 

2ª edição do festival de rock and roll Luna Fest, em Coimbra, acontece este fim de semana 

Víctor Torpedo, um dos organizadores do Luna Fest, conta ao Jornal do Centro quais são os maiores desafios de levar um festival internacional à cidade de Coimbra. Prefere organizar festivais a tocar neles. Acredita que os gostos se discutem e que certos festivais nasceram da Queima das Fitas. Esta é a 2ª edição do festival de rock que decorre de 6 a 8 de setembro na Praça da Canção, e que conta como nomes como The Psychedelic Furs, Jon Spencer e The Gories

 2ª edição do festival de rock and roll Luna Fest, em Coimbra, acontece este fim de semana
05.09.24
fotografia: Facebook Luna Fest
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 2ª edição do festival de rock and roll Luna Fest, em Coimbra, acontece este fim de semana
16.09.24
Fotografia: Facebook Luna Fest
 2ª edição do festival de rock and roll Luna Fest, em Coimbra, acontece este fim de semana

Pegando na edição do ano passado, que aprendizagens foram retiradas pela organização do ano passado, e que vão tentar alterar este ano, por exemplo? 

A gente realmente aprendeu como fazer um festival sem ler um livro de fazer um festival, mesmo sem rede. Claro que foram cometidos alguns erros, na parte de logística, e aprendemos quase tudo assim de repente. Só que no ano passado os problemas que tivemos maiores sempre foi devido a atrasos, não da nossa parte. Como isto é co-organizado com a câmara tivemos aqui alguns problemas. No ano passado, por exemplo, quando foi a assembleia da câmara para aprovação, os protocolos só um mês antes, o que é uma alucinação.

Ou seja, vocês só um mês antes é que estavam a contar com o que é que podiam ou não ter? 

Pois. Podia ter dado barraca completamente, e conseguimos fazer um festival desta dimensão e de cinco dias sem ter experiência com um festival desta dimensão. E este ano está melhor nesse aspeto, porque a assembleia da câmara para o protocolo estar assinado foi feita com muito mais tempo. Mas o problema é quase tudo para fazer essas coisas, e para acelerar não é tanto do que é se vai fazer, ou o que se tem para fazer, é mais do ponto de vista financeiro. O ponto de vista financeiro é que realmente faz a delineação, avança mais rápido ou faz mais a vontade para investir noutro nível e estar mais relaxado, que é difícil.

A nível de logística, de artistas e assim, acabou por correr bem o ano passado?

Correu muito bem. Foi realmente o que tornou este festival especial, e que abraçou novamente o apoio da câmara, que é um apoio maior, porque eles viram ‘estes rapazes conseguiram fazer um brilharete’.

Em relação a esta edição, antes de mais, qual é que é o objetivo do festival, no sentido em que vocês afirmam que querem trazer um festival internacional para Coimbra. E o vosso cartaz até está bastante recheado, digamos assim. É este um objetivo que vocês têm a curto prazo, já de tornar isto num grande festival da zona centro?

Sim, e não só. Da zona centro e a nível nacional. Coimbra tem um ecossistema perfeito para este tipo de festival. Porque não? Ainda por cima o espaço que é, a Praça da Canção, digo com toda a certeza que não há nenhum festival assim nas cidades, num espaço destes, no espaço urbano. O Festival Paredes de Coura tem um landscape maravilhoso, porque já tem um anfiteatro também maravilhoso e há outros sítios no país que têm isso. Mas agora como um festival urbano, e eu por experiência própria, como já toquei nestes festivais todos como músico – já toquei no NOS Alive várias vezes, já toquei no Super Bock Super Rock, estou a fazer um festival e não gosto de tocar em festivais. Sinto-me muito afastado do meu habitat natural. Coimbra tem esse potencial e isso não devia ser novidade. Nós nem devíamos estar a fazer este festival. Este festival já devia existir há 30 anos, porque Coimbra e Vilar de Mouros tiveram os primeiros festivais a sério, os primeiros festivais em Portugal de Queima das Fitas com cartazes maravilhosos. Pena, se tivesse continuado nessa direção se calhar o Luna Fest nunca existiria. Por exemplo nomes de renome, que estão mais ou menos na direção deste festival e que já tocaram na Queima das Fitas e as pessoas se calhar nem sabem. Muitos festivais copiaram o modelo da queima das fitas antigo. Muitos estudaram aqui, até mesmo um dos fundadores do Paredes de Coura, e pessoal de outros festivais estudou em Coimbra e trabalhou nessas Queimas. Fizeram tipo um estágio, o pré estágio para as carreiras deles aqui.

Ou seja, é quase um voltar às origens, no sentido em que foi a queima que lançou este modelo e depois, entretanto, não houve mais nenhum festival em Coimbra que pegasse nele.

Claro. Ainda por cima é uma cidade que tem uma ligação muito forte à tipologia de som que a gente quer proporcionar a este festival, que é o rock and roll. Que é uma vertente que engloba também o punk, o new wave, pós-punk.

Vocês têm de facto um cartaz recheado a nível de rock and roll, e como disse para para vários outros subgéneros. Mas é interessante porque depois há nomes como, vou dar o exemplo da Selma Uamusse, que até é um bocado mais afastado. Como é que foi a vossa escolha para este ano? Tentaram cingir-se ao género, quiseram dar umas pitadas para outros lados?

Uma das coisas que eu visualizei, a direção assim principal, era primeiro algo que eu gostasse de ver e que não tinha visto. Primeiro era aqueles que eu gostava de ver e ainda não tinha conseguido ver. A escolha era o que eu gostava, bandas que faria de tudo para as ver e que sei que não viriam cá, que não tem hipótese. E também bandas novas que eu sei que nunca vieram cá e que sei que estão a bombar. Eu vivi muitos anos em Inglaterra, vivi 12 anos, e ainda continuo a ter muita ligação com o que se passa lá. Sei de antemão o que está a bater, quais as novas bandas que vão aparecer. Por isso, esta mistura é completamente normal. Por exemplo, no ano passado ainda foi mais misturado porque eu ouço de tudo, não tenho divisões em termos de estilos. O heavy metal não bate muito, deve ser o único estilo que dificilmente, só se for algo de muito especial. Se calhar, em termos de gosto, o que ouço mais é Rockabilly, é, por exemplo, reggae, punk, eletrónica, Por exemplo, no ano passado, na primeira noite, a primeira banda era uma banda de Power Pop, a segunda banda foi uma das mais importantes da história da eletrónica, uma banda que nada tem a ver com a primeira. A terceira foi uma das mais importantes do punk dos undergrounds, e a quarta banda era como o Merlin do rock and roll. Este ano não está muito diferente, se calhar até está mais contido nesse aspeto. Tem Selma Uamusse, Club Makumba, mas tem o Natty Bo & The Top Cats, que é talvez a maior banda que há do reggae no momento a nível mundial.”

Pode-se dizer até ao contrário que, embora ainda tenha algumas pitadas para outros lados, é um festival que está a encontrar a sua identidade musical?

Identidade tem. A identidade está lá toda. A identidade não é isso, está é se calhar ao contrário. As pessoas é que têm que nos encontrar. Estamos bem definidos e sabemos o que queremos nesse aspeto. O que é importante é que seja dentro de qualquer género muito bom. Não é bom, é muito bom. Que sejam os melhores de qualquer destes géneros que estamos a abordar, sejam portugueses ou internacionais.

Muitas das vezes, nos festivais aquilo que até acaba por ser mais difícil é sempre trazer os artistas de fora. Acaba por ser sempre algo que os festivais fora dos grandes, digamos, aqueles grandes festivais atualmente de Lisboa e Porto, que acaba por ser mais difícil. Como é que é para o Víctor organizar um festival onde tem muitos artistas de fora? Conseguir agilizar a nível de agenda, a nível de custo, de toda a logística?

Para nós fica mais difícil do que qualquer festival, só por causa de uma coisa: nós vamos buscar artistas muito específicos, e alguns que nem estavam a tocar há algum tempo. Por exemplo, na noite de dia 7, Jon Spencer que já não está em turnés europeias, acho que a última vez que esteve em Portugal foi há 11/12 anos. E torna-se difícil quando tu queres este artista. ‘Eu quero aquele artista porque quero” e conseguir fazer datas especiais. A mesma coisa com os The Psychedelic Furs na primeira noite. A partir deste concerto que nós marcámos, vão tocar também a Espanha a seguir. Aproveitaram a vinda.

O próprio festival desencadeia novos concertos.

Claro. Criámos muitas dessas situações. Por exemplo, o John Cale foi concerto único em Portugal, veio de Nova Iorque, claro que isto torna-se mais caro e complica um pouco a logística. Porque tens que ter um backline todo, depois a banda não está em turné e é pior do que teres a parte do backline só para agradar o artista. Essa parte é muito complicada, quando queremos concertos mesmo especiais…

Para fechar, se tivesse que, em poucas frases, convencer alguém que estava na dúvida entre ir ou não ir ao festival, como é que convenceria?

É o que eu digo a todos. É uma questão de escolha. Às vezes as pessoas dizem ‘os gostos não se discutem’. Os gostos discutem-se. E neste caso, este é um festival com gostos e essa é a nossa vantagem. Também pode ser a nossa desvantagem.

É um festival com artistas muito irresistíveis, não é?

Irresistíveis e para pessoas com bom gosto.

 2ª edição do festival de rock and roll Luna Fest, em Coimbra, acontece este fim de semana

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 2ª edição do festival de rock and roll Luna Fest, em Coimbra, acontece este fim de semana

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