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Despedimentos coletivos disparam. Região Centro entre as mais afetadas

Indústrias transformadoras lideram número de trabalhadores despedidos e mulheres são as principais vítimas dos cortes

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 Despedimentos coletivos disparam. Região Centro entre as mais afetadas - Jornal do Centro
08.04.25
fotografia: Jornal do Centro
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08.04.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 Despedimentos coletivos disparam. Região Centro entre as mais afetadas - Jornal do Centro

A Região Centro registou, em 2024, o número mais elevado de despedimentos coletivos dos últimos cinco anos. De acordo com o mais recente relatório da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), divulgado no início deste mês, 739 trabalhadores foram efetivamente despedidos na região, num total de 73 processos comunicados ao longo do ano. Este valor coloca o Centro como a terceira região mais atingida, atrás de Lisboa e Vale do Tejo (259 processos, 52%) e do Norte (148 processos, 30%).

Já nos primeiros dois meses de 2025, a tendência agrava-se: 41 trabalhadores foram despedidos na Região Centro, através de sete processos distintos. Estes números inserem-se num contexto nacional mais amplo – entre janeiro e fevereiro, foram iniciados mais de uma centena de processos de despedimento coletivo, que afetaram 1.204 trabalhadores em todo o país. Trata-se do pior arranque de ano desde 2014 e representa um aumento superior a 22% face ao mesmo período de 2024.

No total de 2024, foram registados 497 processos de despedimento coletivo em Portugal, o valor mais elevado desde 2020. Estes abrangeram 6.085 trabalhadores, dos quais 5.758 foram efetivamente despedidos. A maioria dos despedimentos ocorreu nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo (52%) e do Norte (30%), seguindo-se o Centro (15%), Algarve (2%) e Alentejo (1%).

Em 2024, a maioria dos processos teve origem em pequenas empresas (44%) e microempresas (34%). As médias empresas representaram 12% dos casos e as grandes empresas apenas 10%. 

Do ponto de vista setorial, o relatório aponta que quase metade dos despedimentos ocorre nas indústrias transformadoras, seguidas das telecomunicações e do comércio por grosso e a retalho. Em 2024, o principal fundamento para os despedimentos foi a redução de pessoal (55%), seguido do encerramento definitivo das empresas (27%) e do encerramento de uma ou várias secções (15%). Apenas 3% dos casos estavam relacionados com processos de insolvência.

A análise de género revela ainda que as mulheres representaram 62% dos trabalhadores despedidos em fevereiro de 2025, mantendo a tendência observada ao longo do ano anterior. Na Região Centro, em 2024, 391 mulheres perderam o emprego por via do despedimento coletivo, face a 348 homens.

O relatório da DGERT também permite observar a evolução ao longo dos últimos anos. Após o pico registado em 2020 (com 698 processos e 7.513 trabalhadores despedidos) houve uma descida acentuada em 2021 e 2022. No entanto, desde 2023 que os números voltaram a subir: 3.622 despedidos em 2023, 5.758 em 2024, e já mais de 1.200 apenas nos dois primeiros meses de 2025.

Embora ainda longe dos números registados em plena pandemia, os despedimentos coletivos têm vindo a aumentar de forma consistente desde 2022, com especial impacto nas regiões Lisboa, Norte e Centro, e com efeitos mais severos nas mulheres e nos trabalhadores de setores tradicionalmente industriais.

Recorde o caso da empresa de Sernancelhe que pediu recentemente insolvência, após falhar o pagamento dos salários aos trabalhadores desde o mês de fevereiro.

Funcionários da Overprint Services, sediada em Sernancelhe, contam que “a empresa enviou uma carta a 31 de janeiro a informar que, caso a Segurança Social não aprovasse o layoff, não pagaria as horas que os trabalhadores passaram em casa”. Posteriormente, os valores foram descontados dos salários.

A empresa tinha anunciado em janeiro que avançaria para um regime de layoff, mas o pedido foi recusado pela Segurança Social. No entanto, os trabalhadores receberam apenas 65% do salário desse mês, sem terem conhecimento de que não estavam oficialmente em layoff.

O Sindicato das Indústrias Transformadoras avançou com uma queixa à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) no início do mês de março, após uma manifestação pacífica em frente às instalações da empresa sediada em Sernancelhe.

A situação dos trabalhadores da OSP Overprint Services Portugal continua incerta, enquanto a empresa não se pronuncia sobre o assunto e os trabalhadores são encaminhados para casa quando se apresentam ao trabalho.

De acordo com o relatório da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), divulgado no início deste mês, 739 trabalhadores foram efetivamente despedidos na região, num total de 73 processos comunicados ao longo do ano. Este valor coloca o Centro como a terceira região mais atingida, atrás de Lisboa e Vale do Tejo (259 processos, 52%) e do Norte (148 processos, 30%).

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