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Maria de Lurdes, presidente da Mesa da Assembleia Geral e Gualter Mirandez, presidente da Direção da ACDV
Os Órgãos Sociais da Associação Comercial do Distrito de Viseu tomaram posse esta quarta-feira, 9 de abril, no Solar dos Peixotos. O presidente da Associação, Gualter Mirandez, garante que este é o seu último mandato após 20 anos à frente “da casa”.
Gualter Mirandez lidera a associação desde 2004. “Da minha parte, será o último mandato, até porque este já foi um bocadinho fora daquilo que eu estaria a prever. Mas houve algumas circunstâncias que evidenciam à esmagadora maioria destes órgãos sociais que deveríamos fazer mais um mandato”, afirma durante a sessão.
A nova direção é composta por Gualter Jorge Lopes Mirandez como presidente, acompanhado por João António Ferreira Esteves, Paulo Francisco Amaral Tavares, Andréa Rodrigues dos Santos Duarte, Jorge dos Santos Duarte e Isabel Maria Castanheira Soares de Almeida e Carlos Alberto Freitas como vice-presidentes.
A Mesa da Assembleia Geral vai ser presidida por Maria de Lurdes Lopes Correia, com Augusto Manuel da Costa Menezes e Serafim Campos Silva como secretários. O Conselho Fiscal tem como presidente Nuno Miguel Lopes, com Cristóvão Ferreira Francisco e José Carlos Santos Cruz como vogais.
Na sua intervenção, Maria de Lurdes Lopes Correia agradeceu o convite: “Quero agradecer ao senhor presidente da direção, Gualter Mirandez, pelo convite que me fez que muito me honra. É meu desejo, a partir de hoje, cumprir com o meu dever de forma a contribuir para a inovação da Associação Comercial de Viseu. Sinto-me grata pela presença de todos”.
Também presente, a vereadora Leonor Barata saudou os recém-empossados e sublinhou o papel das associações no território: “Estas associações vivem muito para lá de quem as dirige em determinado momento, e essa é a sua força. É a força de uma instituição que perdura ao longo do tempo e que tem como missão a preservação, a dinamização e divulgação dos seus associados, mas também tem uma obrigação muito premente que é saber ler a realidade e perceber como é que os nossos comerciantes, os nossos empresários, as nossas forças vivas da cidade podem transformar o nosso território e podem ser uma força ativa de desenvolvimento deste território”.
Gualter Mirandez destacou a continuidade de uma equipa que considera coesa e eficaz: “Além de continuarmos com uma equipa que, na minha opinião, é uma equipa vencedora, desde a Assembleia Geral, que com esta mudança continua a ser uma equipa vencedora, passando ao Conselho Fiscal que é um garante de um rigor que, a mim, enquanto Presidente de uma direção, me deixa perfeitamente tranquilo em relação às contas da Associação. E depois, na direção houve uma renovação, não foi muito profunda, não era necessário, mas fizemos uma renovação”.
O presidente recorda o percurso da associação, desde a recuperação do edifício sede até às dificuldades sentidas durante o período da troika. “Sabíamos a degradação em que o edifício estava. Chovia por todo o lado. Era um edifício que não nos dignificava. A nossa grande preocupação na altura era o telhado do edifício”, referiu. “O edifício foi reinaugurado em 2009 e tudo o que era uma mais-valia para o edifício foi preservado”.
Criticou ainda a ausência de uma secretaria de Estado dedicada ao setor: “A cereja no topo do bolo foi há um ano deixarmos de ter secretário de Estado do Comércio e Turismo. Não temos a Secretaria de Estado. Na próxima sexta-feira vamos ter o primeiro almoço na confederação com o primeiro candidato, Pedro Nuno Santos. Depois iremos ter com Luís Montenegro mais um almoço de debate e isto vai ser, naturalmente, mais uma vez falado. Não faz sentido”.
Sobre o futuro, Gualter Mirandez afirma: “As perguntas que podemos detetar são – ‘Será que nós somos importantes?’, ‘É importante para a sociedade?’, ‘É importante haver aumento associativo, haver associações?’. A nossa resposta é que é importante e é evidente que vamos continuar nos locais próprios, na configuração do comércio e a nível regional. Estamos diariamente a trabalhar para que o Comércio e os Serviços sejam efetivamente dignificados por aquilo que merecem. Porque merecem”.
Ao fim de duas décadas na liderança da ACDV, o presidente termina o seu percurso com o compromisso de manter o trabalho: “São 20 anos à frente desta casa. É o meu último mandato. Eu tinha que aproveitar esta oportunidade para transmitir o gosto pessoal de estar envolvido nisto, mas também alguma mágoa daquilo que, muitas vezes, sinto por o Comércio e os Serviços não serem reconhecidos quanto merecem. No entanto, vamos continuar a trabalhar”.
Em breve, o edifício da Associação Comercial do Distrito de Viseu entra em obras, devido a uma fenda e vários danos na infraestrutura.