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Viseu: Assistente social com provas na integração de refugiados em encontro anti-pobreza

Palestra online aconteceu no encontro “Acolhimento de Pessoas Refugiadas em Territórios de Baixa Densidade”, organizado entre os núcleos de Viseu e Vila Real da Rede Europeia Anti-Pobreza

Diogo Paredes
 Viseu: Assistente social com provas na integração de refugiados em encontro anti-pobreza - Jornal do Centro
10.04.25
fotografia: Jornal do Centro
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 Viseu: Assistente social com provas na integração de refugiados em encontro anti-pobreza - Jornal do Centro
10.04.25
Fotografia: Jornal do Centro
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 Viseu: Assistente social com provas na integração de refugiados em encontro anti-pobreza - Jornal do Centro

O Núcleo Distrital de Viseu da Rede Europeia Anti-Pobreza realizou esta quinta-feira, em conjunto com o núcleo de Vila Real, um encontro digital sobre o “Acolhimento de Pessoas Refugiadas em Territórios de Baixa Densidade”. Neste encontro participou Paula Fernandes, representante da Segurança Social de Viseu dentro da área, onde aproveitou para abordar alguns dos casos de acompanhamento de refugiados. Além disso, os investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Octávio Sacramento e Pedro Gabriel Silva.

Os dois investigadores apresentaram um estudo onde procuraram perceber a evolução, desde 2017, do acolhimento local de refugiados em territórios de baixa densidade dos distritos de Castelo Branco, Porto, Vila Real e Viseu. No estudo, os investigadores concluíram que as “dificuldades dos refugiados no acesso a serviços em territórios de baixa densidade coexistem com custos de vida mais baixos, uma maior facilidade de acesso à habitação e relações interpessoais de maior proximidade, atenuando-se alguns dos constrangimentos estruturais que têm marcado o acolhimento desta população”.

Durante o encontro, que contou com mais de 80 participantes Paula Fernandes abordou alguns dos seus casos de acompanhamento de refugiados no distrito de Viseu. “Todos os cidadãos que me chegam contam a sua história de vida, de como chegaram a Portugal”, começou por explicar a assistente social. “A maior parte deles, jovens, chegaram de barco ou de autocarro, vindos de Espanha. Alguns são miúdos, eu tenho cidadãos com 19 ou 20 anos… são os meus garotos, como costumo dizer”, disse ainda.

A assistente social explicou igualmente quais as instituições envolvidas naquele que é o processo de autonomização do cidadão refugiado – isto é o processo até um refugiado conseguir ter a sua vida estável em Viseu, com habitação e emprego. O vestuário fica a cargo da Cruz Vermelha e a alimentação em Viseu é assegurada pela Cáritas Paroquial de Viseu. Já outras coisas como mobiliário e alguma roupa são asseguradas pela Associação Social Cultural Espiritualista de Viseu. O alojamento, por seu lado, é feito de várias maneiras. Quando enviados pela AIMA, a maioria dos cidadãos é colocada em Pousadas da Juventude, destacando Paula Fernandes a Pousada da Juventude de São Pedro do Sul. O alojamento pode ser ainda acordado com unidades hoteleiras ou com a Associação de Solidariedade e Desenvolvimento Internacional VITAE.

“Desde o primeiro dia em que nos chegam, a nossa preocupação é que eles consigam ter acesso a prestações sociais”, detalhou Paula Fernandes. “Tentamos saber se a AIMA já lhes concedeu os documentos necessários e se eles já têm NISS ou não. Não nos podemos esquecer que são pessoas que além da dificuldade da língua, estão numa cidade nova, daí ser necessário um acompanhamento presencial nas deslocações a instituições”, contou a técnica de Serviço Social.

Paula Fernandes foi mais longe, e explicou que, além das visitas institucionais, acompanha presencialmente os refugiados a seu abrigo para entrevistas de emprego ou na procura de habitação, para “explicar aos proprietários como funciona a questão dos pagamentos da habitação”. “O mesmo acontece com a procura de trabalho, uma vez que sou eu que marco e acompanho os cidadãos às entrevistas de emprego”.

A assistente social ajudou já várias dezenas de cidadãos na estabilização da sua vida na região. Destaque para três cidadãos do Gâmbia, assim como da Guiné, do Congo Belga, de Angola ou da Nigéria. “Em relação ao cidadão do Congo, não só veio e está autonomizado como ajudei a procurar uma casa para ele e a companheira, uma vez que veio a companheira e também está perfeitamente autonomizada com ele”, contou Paula Fernandes. Também refugiados do Senegal, da Serra Leo, da Colômbia, do Paquistão, do Brasil, do Afeganistão ou do Iraque estão a ser acompanhados, ou já foram, pela assistente social. A maior dificuldade, como explicou Paula Fernandes, encontra-se nos cidadãos de origem paquistanesa ou afegã, que, segundo explicou Paula Fernandes, “não têm hábitos de trabalho”.

Aquando da invasão da Rússia na Ucrânia, Paula Fernandes recebeu um total de 33 cidadãos, que ficaram na altura albergados na Pousada da Juventude de São Pedro do Sul. Destes, “14 estão matriculados no ensino superior e 19 conseguiram iniciar atividade laboral, embora ainda estejam a tentar algumas equivalências em Portugal dos cursos que têm”.

O Instituo de Segurança Social deve garantir aos cidadãos refugiados uma série de valências, como o apoio social em situação de recurso da decisão de não admissibilidade ou em situação de carência económica, assim como o seu acolhimento e interação. Este apoio pode ser feito através de alojamento ou alimentação de forma direta, ou através de uma prestação monetária mensal para ajudar com despesas como a higiene, o transporte ou o vestuário.

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