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O presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas, sublinhou a relevância da publicação em Diário da República do Plano Nacional Ferroviário, que inclui a ligação Aveiro-Viseu-Salamanca, considerando tratar-se de um avanço decisivo na concretização do chamado “corredor atlântico”, previsto também no plano de mobilidade da União Europeia e no Livro Branco dos Transportes.
“Ao estar agora publicado em Diário da República, isto significa que o Plano Nacional Ferroviário está promulgado e contém lá a ligação e isto é importante”, afirmou Fernando Ruas.
O Plano Ferroviário Nacional (PFN) publicado no Diário da República prevê a construção faseada de uma nova linha ferroviária entre Aveiro e Vilar Formoso, detalhando que a futura ligação será projetada com separação de tráfegos, à semelhança do Eixo Atlântico, com uma Linha de Alta Velocidade (LAV) para passageiros e a Linha da Beira Alta dedicada a passageiros e mercadorias.
“A LAV deverá atingir os 250 quilómetros/hora, com uma estação em Viseu, passagem pela Guarda e ligações à Beira Alta, perto de Mangualde e Celorico da Beira”, descreve o Plano.
O autarca de Viseu considera que ainda há tempo para clarificar a tipologia da futura linha — se dedicada exclusivamente a passageiros ou também a mercadorias — mas defende uma solução mista, com passageiros e carga a circular na mesma infraestrutura.
“Na minha opinião, passageiros em velocidade elevada, que é logo a categoria a seguir à alta velocidade, e mercadorias no mesmo corredor”, disse.
Sobre as recentes declarações do ministro da Presidência, que anunciou a intenção de avançar com a ligação Viseu-Mangualde, o presidente da Câmara esclarece que se trata da primeira de três fases do traçado do corredor Atlântico, que tem vindo a ser defendido por autarcas portugueses e espanhóis.
“Estamos a falar da mesma linha. A primeira ligação é Viseu-Linha da Beira Alta, que já dá uma resposta parcial, mas dá resposta, a muita coisa. Depois temos Viseu-Aveiro e, por fim, a ligação à fronteira”, explicou.
Ruas considera importante que o Governo avance com esta primeira etapa para garantir uma ligação ferroviária a Viseu no curto prazo, mesmo que ainda distante da solução final desejada.
“Não dá a resposta que a gente quer, mas dá alguma resposta. Porque depois já se pode dizer que Viseu fica ligado ao caminho-de-ferro”, reforçou
O autarca reafirmou, no entanto, que o mais importante é garantir a concretização do corredor atlântico na sua totalidade e vê com bons olhos a realização de encontros regulares entre autarcas e entidades envolvidas.
“Acho muito importante que estes encontros se repitam, para fazer cumprir aquilo que vem no Diário da República”, concluiu.