Concertos no Museu Grão Vasco, Sé de Viseu e Igreja Nova na reta final do Festival da Primavera

Está a chegar ao fim mais uma edição do Festival Internacional de Música da Primavera de Viseu. A iniciativa arrancou no início do mês e termina no feriado de 25 de Abril.

Esta segunda-feira (21 de abril), a proposta é um solo para Viola da Gamba no Museu Nacional Grão Vasco. O espetáculo “The Spirit of Gambo” está marcado para as 21h00 e, segundo a organização, “este concerto reflete sobre a culminação da viola da gamba baixo enquanto instrumento solista na segunda metade do séc. XVII”.

A viseense Filipa Meneses, na viola da gamba, Hugo Sanches, na teorba, e a soprano Eunice Abranches d’Aguiar apresentam um programa desenvolvido em torno de Marin Marais (França) e Tobias Hume (Inglaterra), “os dois compositores mais prolíficos para este instrumento, distanciados apenas pelo canal da Mancha, mas com estilos de composição bastante contrastantes”, revela a organização.

Amanhã, terça-feira, Álvaro Teixeira Lopes e Francisco Berény atuam no Museu Nacional Grão Vasco, pelas 21h00. “Um recital de piano e guitarra clássica com um programa diversificado, abrangendo obras desde o período barroco até à música contemporânea”, refere.

João Roiz Ensemble atua na Sé de Viseu na quarta-feira (23 de abril) e junta-se ao músico Alexandre Delgado para a construção da “Peregrinação Beethoven 2025-2027”, focando o facto de, em 2027, se assinalarem os 200 anos da morte do compositor.

A 25 de abril, último dia do festival, será a vez da Orquestra e o Coro XXI. Este concerto, que se realiza na Igreja Nova, celebra ainda a Páscoa “com um programa assente num dos grandes marcos da música religiosa do romantismo tardio: o Requiem de Gabriel Fauré”.

Segundo a organização, “para a abertura deste concerto, a orquestra interpretará também a Serenata n.º 2 de Johannes Brahms – dedicada a Clara Schumann e considerada por muitos a sua primeira obra orquestral”.

“A separar estas duas peças de maior envergadura, o Coro XXI levará a palco o moteto a seis vozes Sitivit anima mea, de Manuel Cardoso – uma curta reflexão sobre a morte, que servirá como prelúdio ao Requiem, homenageando, simultaneamente, aquele que é um dos autores de referência da idade de ouro da polifonia sacra portuguesa”.

Numa altura em que comemora 18 edições, o Festival de Música da Primavera de Viseu apresenta uma programação diversificada, com 21 concertos, músicos vindos de todo o mundo e um destaque especial para Beethoven.

A iniciativa, que arrancou a 4 e termina a 25 de abril, acontece em espaços como o Museu Nacional Grão Vasco, Teatro Viriato, Igreja da Misericórdia, Aula Magna do Politécnico de Viseu, auditório da Escola Secundária Emídio Navarro e nas instalações do Conservatório Regional de Música Dr. José de Azeredo Perdigão em Viseu.

O festival é organizado pelo Conservatório Regional de Música Dr. José de Azeredo Perdigão, da Proviseu. Atualmente, o conservatório conta com 457 alunos, 49 colaboradores entre professores de música, administrativos e auxiliares de educação e com 465 sócios da Proviseu.