No terceiro episódio do programa “Bem-Vindo a”, tivemos o prazer de conversar…
São mais de 100 presépios, de diferentes tamanhos e construídos ao longo…
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Teresa Machado
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Isalita Pereira
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Joaquim Alexandre Rodrigues
Os recorrentes estudos e relatórios anuais do Observatório Nacional da Luta Contra a Pobreza retiram, pelo peso da realidade dos números, a surpresa de encontrarmos no ano de 2021 cenários de pobreza, miséria e exclusão social pelo país fora. São de 21,6% da população nacional que se encontra num cenário de pobreza real, isto é, quase 1 em cada 4 portugueses não garante o necessário para que reúna as condições de uma vida no mínimo aceitável segundo os parâmetros nacionais e europeus.
Existem diferenças territorialmente falando e o distrito de Viseu destaca-se ainda mais pela negativa onde estes valores percentuais são superiores à média nacional. De facto, o distrito de Viseu dispara para os 23% no risco de pobreza condição intimamente correlacionada com as políticas de baixos salários, desemprego estrutural e políticas de abandono territorial. Dados do INE demonstram um elevado grau de desigualdade de distribuição de rendimentos e no distrito de Viseu encontramos 7 dos 10 concelhos mais pobres do país, onde a média do poder de compra é incompreensivelmente inferior a 50% da média nacional. Entre eles, Sernancelhe, Armamar, Cinfães, Resende, Penedono, Penalva do Castelo e Vila Nova de Paiva.
Ao distrito, que franja do poder político de peito inchado, denominou durante anos “Cavaquistão”, ou mais recentemente “Pafistão” ou o “Laranjão”, numa alusão à coligação PàF de Pedro Passos Coelho, nada há que agradecer a PSD ou CDS, que contribuíram de forma sistemática para o cenário actual, nem tampouco aos Governos PS que transpuseram no tempo o recorrente esquecimento e abandono do distrito. A desastrosa política agrícola nacional sob a batuta europeia, que destruiu o tecido produtivo do distrito, a promoção da desertificação com políticas de desinvestimento público na região e o contínuo encerramento de serviços e valências públicas deixaram estas gentes abandonadas à sua sorte, e, miséria.
Os agentes políticos, sejam eles autárquicos, ou distintos representantes da região noutros órgãos de soberania nacionais, nada foram e nada mais são do que sacos vazios de ideias e sacos cheios de promessas por cumprir, estes são os carrascos do distrito e nada têm de que se orgulhar. Só uma inversão política em toda a ordem pode cumprir o pressuposto constitucional do direito ao desenvolvimento, ao trabalho e ao salário. Afinal aqui há um povo digno que merece viver e ter vida no distrito de Viseu.
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Teresa Machado
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Isalita Pereira
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Jorge Marques
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Vitor Santos