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Talvez a expressão tenha nascido do nome da obra de Gabriel García Márquez – “Viver para Contá-la” – em que o autor conta a memória dos seus anos de infância e juventude nos quais se fundaria o imaginário que, com o tempo, daria lugar a alguns dos seus contos e romances. Mas é uma frase que se utiliza em situações banais do dia a dia – “…é preciso viver para contá-las” – no sentido de reforçar a importância da experimentação, de não nos ficarmos só por um nível teórico das coisas. Os cientistas sabem bem isto: por mais entusiasmante que seja uma nova teoria, é necessário comprová-la através da experiência.
Tenho pensado nisto a propósito deste período de pandemia que estamos a passar. Todos sabemos que, muitos artistas e pessoas ligadas à cultura, ficaram repentinamente sem a possibilidade de contactarem com os seus públicos. Para não pararem, passaram muitos dos seus eventos para online. Não sou frequentador de grandes festivais, mas tenho recordações de espetáculos, teatro, dança, música, exposições que me marcaram e recordo como um marco no meu percurso. Pergunto-me: que memória cultural ficará desta pandemia? Quantos eventos online vou recordar mais tarde?
Recordar-se-á, certamente, o esforço como um todo dos agentes culturais de se fazerem ouvir, e até a evolução das propostas online ao longo deste período. As produções específicas para streaming são vividas mais no sentido cinematográfico e audiovisual. Mas faltará a dimensão do espaço, a proximidade ou o afastamento de cena, a pessoa na cadeira ao lado, o som e a luz ambiente. No entanto, tive recentemente duas experiências que me ficarão na memória precisamente por ter sentido que se passou ali qualquer coisa especial, houve lugar para a presença humana.
Colaboro com o projeto “EU no musEU” do Museu Nacional Grão Vasco, que organizava um encontro mensal com pessoas com a doença de Alzheimer. Um dos melhores momentos desses encontros acontecia num convívio final, à volta de uma mesa com muitas coisas boas. Claro que passámos a encontrar-nos através do Zoom e, embora não seja a mesma coisa – talvez porque o grupo já se conhecia anteriormente – existe ali um certo nível de felicidade só pelo encontro, as pessoas falam do que lhes vai na alma, e sente-se que isso lhes importa.
Tenho também assistido a “Aula Aberta do Ciclo Curadorias Analógicas. Conversas Digitais. Aulas Abertas com curadores/professores na FBAUP” (faculdade de belas-artes da universidade do Porto) e fico com uma sensação muito próxima do ambiente de uma aula ao vivo. Neste caso julgo que é determinante eu conhecer aqueles professores, e sentir que partilho aquela forma de pensar, o que em parte se deve precisamente a ter efetuado lá a licenciatura. Por momentos volto à faculdade, a pensar sobre aqueles assuntos com uma atitude mental e experimental que reconheço como minha.
Duas sugestões para quem tem saudades de ver obras visuais ao vivo. Na Quinta da Cruz-Centro de Arte Contemporânea até 27 de junho, a exposição “14/24 – Fotografia da Coleção de Arte Contemporânea da Fundação Altice. De 17 de abril a 10 de julho, a Bienal Internacional de Arte / Gaia 2021, que promete diversidade e qualidade.
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