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Ana Rodrigues Silva
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A Assembleia Municipal de Viseu aprovou esta sexta-feira (30 de abril) a atribuição do galardão do Viriato de Ouro ao ex-presidente da Câmara, Almeida Henriques. O autarca faleceu vítima de Covid-19 no início de abril.
Na votação, só a CDU se absteve enquanto as restantes bancadas municipais aprovaram a proposta.
A deputada comunista Filomena Pires disse que a abstenção era o único voto possível do lado da CDU e justificou esta tomada de posição com o facto de as decisões de Almeida Henriques não terem tido impacto na vida das pessoas e empresas do concelho de Viseu.
“Para a CDU, a distinção e reconhecimento de personalidades pela autarquia deve ter como fundamento as benfeitorias em prol dos viseenses. O CDU não reconhece, como já manifestámos várias vezes ao longo dos anos nas nossas intervenções e posições públicas, que as opções políticas assumidas no plano local tenham tido correspondência com a melhoria das condições de vida das populações, dos trabalhadores e das micro, pequenas e médias empresas e o desenvolvimento do concelho”, explicou.
Por isso, Filomena Pires disse que, “em coerência com a apreciação que fazemos das opções políticas assumidas por Almeida Henriques e das opções que sempre manifestámos nos planos local, regional e nacional”, a CDU optou pela abstenção.
Em meados de abril, o executivo da Câmara de Viseu anunciou que irá dar postumamente a Medalha Municipal de Ouro ao antigo presidente da autarquia. A atribuição foi aprovada por unanimidade, em reunião do executivo camarário.
O executivo liderado por Conceição Azevedo, ex-vice-presidente de Almeida Henriques, revelou ainda na altura que irá ser ponderado se o nome de Almeida Henriques será inscrito numa rua e num edifício da cidade viseense.
Quando o nome de Fernando Ruas foi apreciado pela Assembleia Municipal para receber o Viriato de Ouro em 2014, apenas o Bloco de Esquerda se absteve. O ex-autarca acabou por recusar o galardão.