O Balneário dos Ingleses em Urgeiriça, no concelho de Nelas, recebe uma exposição de 33 faróis portugueses pintados por 11 artistas ibéricos, a que se juntam outros artefactos que dão vida aos faróis. A inauguração está marcada para quinta-feira (24 de junho) às 15h30.
“O desafio foi lançado a 11 artistas de Portugal e Espanha para cada um pintar três faróis à escolha em Portugal, seja do continente ou das ilhas. E o resultado vai ser inaugurado no nosso feriado municipal, no dia de São João”, explicou o vereador do Património Cultural da Câmara de Nelas.
Aires dos Santos disse que esta exposição coletiva junta às 33 pinturas que resultaram do desafio, “documentação e espólio alusivos à temática dos faróis como, por exemplo, seis lanternas”, numa parceria com a Autoridade Marítima Nacional.
E, para uma visita guiada até domingo (27 de junho) no Balneário dos Ingleses, acrescentou o vereador, “há também dois faroleiros profissionais, vestidos a rigor e que explicarão e contarão histórias e mitos, que há sempre, à volta dos faróis”.
Com isto, Nelas quer “valorizar um património notável e uma história ligada ao mar que tanto honra os portugueses” e, “se há pessoas que até já visitaram faróis, haverá outras que nunca tiveram oportunidade de o fazer, até pela distância geográfica”.
“Os faróis tiveram sempre um papel importante tanto na orientação como também um sinal de regresso a casa durante os séculos. Por isso, desempenham um papel importante na cultura, daí serem, a grande maioria, classificados como Monumentos Nacionais”, defendeu.
Neste sentido, Aires dos Santos, também ele artista, assumiu desde o início a sua participação no desafio e, com ele, estão também pinturas de Alice Piloto, António Dias, Gracio Freitas, José Dell Castillo (Espanha), Lena Jorge, Luís Duro, Mário Costa, Nelson Santos, Nuno Angélico e Ricardo Rodrigues.
“Sentinelas do Mar”, como se chama a exposição, fica na Urgeiriça até domingo, indo de seguida para a Biblioteca Municipal de Nelas, onde estará patente até 11 de julho, altura em que irá para Lisboa, para a Autoridade Marítima Nacional, e posteriormente para as regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
