A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
O Natal é um momento de união, onde o amor se torna…
A Pousada de Viseu recebeu no passado sábado, a tão aguardada 9ª…
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Jorge Marques
O ministro Pedro Siza Vieira, disse hoje que a Carbon Team, em Vouzela, “é um grande exemplo e uma lição” para o país pela inovação tecnológica, emprego gerado e desafio do produto novo. “É um grande exemplo que nos está a dar. Esta ideia de afirmarmos a nossa competitividade, produzindo bens para os mercados globais em Portugal, incorporando inovação e conhecimento e automatizando processos que nos permite percorrer este caminho que fomos percorrendo nos últimos anos”, afirmou o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital Pedro Siza Vieira. Na última década, continuou, “as exportações cresceram mais de 50%, as exportações de bens de tecnologia alta ou média alta são cada vez mais significativas” e, no seu entender, “este é o caminho” que Portugal tem de continuar a trilhar. O governante falava na sessão de inauguração da Carbon Team (CT), empresa que produz quadros de carbono e outros componentes de bicicleta em fibra de carbono, e que investiu em Vouzela, no distrito de Viseu, oito milhões de euros para montar esta fábrica e criar 120 postos de trabalho. Neste sentido, o ministro manifestou-se “satisfeito”, porque estava a ver “algo extraordinário” e “não só pelo investimento novo, nem pela capacidade de criar 120 empregos e passar a fazer mais exportações a partir de Vouzela”. “Também há aqui na Carbon Team coisas muito interessantes que são lições e sinais da transformação que o país está a passar, mas são lições também para replicarmos isto de outra forma”, considerou. Pedro Siza Vieira teceu elogios ao percurso da empresa que trabalha num setor, “onde hoje Portugal é líder”, uma vez que “no ‘cluster’ da bicicleta Portugal está a liderar em todas as componentes da cadeia de valor”. “Somos o maior produtor europeu de bicicletas, o maior exportador, temos também a produção de componentes, elas próprias exportadas para outros países e portanto temos um domínio grande de tecnologia, mas o mais interessante é que a equipa da Carbon Team nunca tinha produzido um quadro de carbono, foi desafiado para isso pelos seus clientes”, destacou. Os quadros que são produzidos em países asiáticos, “e o desafio não era fácil, era praticamente começar a fazer algo que nunca tinham feito, mas ao fazê-lo serem mais competitivos que os concorrentes asiáticos e isso é extraordinário”. No seu entender, um feito só possível por dois motivos como uma “grande inovação tecnológica”, defendeu enquanto elogiou as características do quadro de bicicleta feito pela Carbon Team, destacando a competitividade que a inovação provoca. O outro motivo é que são criados “120 postos de trabalho, mas esta fábrica é bastante automatizada” e, por isso, “a automação é o sucesso e a capacidade de manter a produção e o sucesso na Europa” que “não tem o modelo dos países asiáticos de pagar muito baixos salários”. “A automação exige trabalhadores mais qualificados e a capacidade de trabalhar de forma mais desenvolvida aproveitando também as tecnologias digitais”, considerou o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital. O administrador da fábrica Carbon Team, em Vouzela, explicou que “está previsto, no curto prazo, chegar aos 25 a 30 mil quadros [de bicicletas]” e, continuou Vital Almeida, “a médio prazo chegar aos 50 mil quadros”. “É uma enorme satisfação afirmarmos que produzimos um dos quadros mais leves do mundo, através de um processo completamente inovador e que nos garante estarmos no topo deste tipo de produtos. Mais do que uma satisfação, é um desafio importante. Esperemos estar sempre no pelotão da frente deste tipo de componentes”, sublinhou Vital Almeida. O presidente da Câmara Municipal de Vouzela, Rui Ladeira, aproveitou a presença do governante, “não para fazer pedidos”, mas “apenas para ser mensageiro das preocupações dos empresários” sedeados no concelho e que pediu ao governante para “ter em conta”. “A escalada galopante do preço das matérias-primas e a sua escassez; a necessidade de capitalização das empresas, a falta de mão-de-obra qualificada e mão de obra ajustada ao nosso tecido empresarial e a agilização dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do PT2030”, disse Rui Ladeira.