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Carta para Sustentabilidade da Região Demarcada do Douro junta mais de 30 instituições

 Carta para Sustentabilidade da Região Demarcada do Douro junta mais de 30 instituições
17.07.21
fotografia: Jornal do Centro
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 Carta para Sustentabilidade da Região Demarcada do Douro junta mais de 30 instituições
12.12.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Carta para Sustentabilidade da Região Demarcada do Douro junta mais de 30 instituições

Mais de 30 instituições vão assinar a Carta para a Sustentabilidade da Região Demarcada do Douro, documento que pretende desenvolver políticas que possibilitem “a implementação efetiva da sustentabilidade social e económica” da região, revelou hoje o presidente do IVDP.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), Gilberto Igrejas, afirmou hoje que o documento, que inclui 34 signatários, reflete o “compromisso” dos decisores políticos para a implementação da sustentabilidade na Região Demarcada do Douro (RDD).

“Acordámos que, no âmbito das nossas esferas de atuação, iremos defender uma abordagem estratégiCa e desenvolver políticas que criem condições para uma implementação efetiva da sustentabilidade social e económica da RDD”, salientou Gilberto Igrejas, a propósito do Congresso Douro & Porto 2021, organizado pelo IVDP e que decorrerá na próxima semana.

Entre os signatários da carta estão os 21 municípios da Região Demarcada do Douro, bem como o município do Porto e de Vila Nova de Gaia, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento do Norte (CCDR-Norte), a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN) e a Direção Regional da Conservação da Natureza e Florestas do Norte.

A par destas entidades, estão também os Institutos Politécnicos do Porto, Bragança, Viseu e Guarda e as Universidades do Porto (UP) e de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

A Carta para a Sustentabilidade da Região Demarcada do Douro vai marcar o fim do congresso, que tem como mote “Memória + Futuro”.

Segundo Gilberto Igrejas, o documento reflete o compromisso e responsabilização dos signatários por “uma questão que é importantíssima para o futuro da região” e um dos objetivos estratégicos do IVDP.

“Criámos uma sinergia de todos os atores [da região] em prol do mesmo desígnio, a sustentabilidade. As condições basilares para que este projeto possa ter lugar e sucesso no futuro vão ser criadas aqui”, afirmou.

Sob o lema “Memória e Futuro”, o congresso vai passar por uma “revisitação” à história, sociologia, direito, vitivinicultura, enologia e economia da região, mas “com os olhos postos no futuro”, abordando também questões como a biodiversidade, as alterações climáticas, sustentabilidade, desafios tecnológicos e transformação digital.

“Toda esta vitalidade vai ser debatida e projetada para um futuro que queremos ainda mais risonho. Queremos que a região tenha mais sucesso no futuro do que teve no passado”, afirmou.

A par da sustentabilidade, a desertificação e o envelhecimento da região são outros dos assuntos em debate, questões que para Gilberto Igrejas podem ser mitigadas se “houver a certeza de que o setor de vitivinicultura é um setor rendível para as pessoas que se vão instalar no território”.

“A nossa via para atrair ainda mais conhecimento, formação e mais jovens vai ser por esta riqueza que queremos criar em torno da vitivinicultura”, salientou o presidente do IVDP, referindo-se à chegada de novas gerações de enólogos à região que modernizaram o vinho do Douro e produziram “verdadeiros ex-líbris ao nível da DOC Douro Internacional”.

“Se tivermos mais jovens, mais conhecimento e um conhecimento mais qualificado vai aportar mais valor para a região”, afirmou.

Questionado sobre o papel que a Casa do Douro poderia ter na projeção do futuro da região, Gilberto Igrejas referiu que quando for encontrada “uma solução administrativa”, esta será mais um parceiro na equação da implementação da sustentabilidade.

“Esse é um assunto que ainda não tem desfecho. A Casa do Douro, com a solução que vier a ser encontrada, será seguramente mais um parceiro que temos de convocar para esta mobilização das gentes e do território”, acrescentou.

Já sobre o caudal do rio Douro e a importância do mesmo para o futuro da RDD, o presidente do IVDP disse ser uma matéria “relevante” e que “importa preservar” também a nível ambiental.

“Hoje, estamos a falar de um rio que tem de ter outro enquadramento em termos de proteção que há 50 anos não tínhamos em consideração. Importa preservar ambientalmente este rio”, salientou.

O Congresso Douro & Porto 2021 vai realizar-se em formato ‘híbrido’, sendo que no primeiro dia vai decorrer na Alfandega, no Porto, no dia 20 e 21 ‘online’ e no último dia no Museu do Douro, em Peso da Régua.

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