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1. O relatório final da comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco, acabado de votar no parlamento, é uma salgalhada sem interesse nenhum. Figurinhas tristes, as daqueles deputados. A cegueira partidária não deu para mais.
De qualquer maneira, fica o registo das audições. As perguntas dos deputados e as respostas dos “empreendedores” foram bem sumarentas:
— confirmámos que o parlamento tem duas deputadas bem preparadas e competentes: Cecília Meireles e Mariana Mortágua;
— ficámos a conhecer uma fila de “capitalistas” da treta, sem qualidade empresarial nem humana, mas com conta aberta no bar do “tio” Ricardo Salgado;
— assistimos, ao vivo e a cores, ao haraquiri do presidente do Benfica.
2. O contribuinte português paga impostos de país nórdico e recebe serviços públicos de terceiro mundo.
Além disso, especializou-se na benemérita arte de salvar bancos, banquinhos e banquetas. Tanto oxigena bancos privados com falta de ar (mal-empregados aqueles 3,2 mil milhões de euros derretidos no Banif…), como salva do naufrágio a CGD, o banco dos elefantes brancos e dos berardos (que agora se dedica a sacar despesas de manutenção das contas dos velhos, enquanto os vai enxotando dos balcões e lhes vai fechando agências).
Quando se trata de dinheiro para bancos, é sempre aos milhares de milhões de euros. São tantos milhares de milhões que até se perde a noção do custo deste “rendimento social de inserção” para banqueiros em situação difícil.
Usemos como bitola o BPN, o primeiro a dar o estoiro. Aquela banqueta do cavaquismo custou-nos 6,2 mil milhões de euros. Se no final desta história o BES — um banco a sério dirigido por gente que não o era — nos custar menos do dobro que nos custou o BPN, podemos dizer que as coisas até nem correram muito mal.
Ora, pelas últimas previsões do Tribunal de Contas, parece mesmo que tal vai acontecer. Em termos absolutos, o ex-dono-disto-tudo causou uma cratera horrível, mas, usando a bitola BPN, pode dizer-se que podia ter sido bem pior: o buraco do “divino” espírito santo vai ficar em 10,8 mil milhões de euros (4,9 mil milhões assumidos por Passos Coelho, mais 5,9 mil milhões por António Costa).
É que, em cima dos 3,9 mil milhões de euros que a geringonça tem estado a pagar à Lone Star, em nada suaves prestações anuais, ainda há mais 2 mil milhões de euros pendurados com uns “ses”. Mário Centeno diz que “a melhor estimativa” para esses condicionalismos de rácios de capital põe-os a custo “zero”. Mas nós já sabemos o que quer dizer “custo zero” quando se trata de bancos.
3. Entretanto, Ricardo Salgado está de férias na Sardenha. Em vez de estar a apanhar o sabonete num duche do Estabelecimento Prisional da Carregueira.
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