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As mesas de voto para as autárquicas em Abraveses, no concelho de Viseu, só foram decididas por sorteio após os partidos não terem chegado a acordo.
Em causa, acusa o Bloco de Esquerda, está a insistência do PSD em indicar mais nomes representativos do partido nas mesas de voto.
Os bloquistas acusam os sociais-democratas de “falta de democracia”. Em declarações ao Jornal do Centro, a candidata bloquista à Câmara de Viseu, Manuela Antunes, entende que se tratou de algo “sem fundamento legal”.
“O PSD entendeu que queria ter mais representantes por ser o primeiro partido da freguesia, como se fosse um direito já instalado de poder apresentar mais pessoas do que os representantes de todos os outros partidos que estavam na reunião” decorrida na segunda-feira (6 de setembro) na sede da Junta de Freguesia, argumenta Manuela Antunes.
A candidata bloquista acrescenta que, por causa da proposta do PSD, o Bloco de Esquerda arriscou-se a quase não ter nenhum representante nas mesas de voto em Abraveses e argumenta que, independentemente da votação dos partidos, “todas as pessoas querem que as eleições se desenrolam sem problemas”.
O Bloco diz que esta situação já não é nova em Abraveses, onde os partidos não chegaram a acordo. A decisão só foi tomada num sorteio que foi organizado pela Câmara de Viseu, diz Manuela Antunes, ao contrário do que acontece na maioria das freguesias do concelho, onde, destaca, os partidos alinham-se na constituição das mesas de voto.
A candidata entende ainda que, mesmo que todos os partidos fiquem “na mesma circunstância”, podem ser criadas situações de “certa desigualdade” na atribuição dos nomes das mesas de voto por causa das votações alcançadas por cada partido.
“Podemos propor seis nomes que podem entrar. Já outra candidatura pode apresentar dez e, se calhar, só entrar um porque depende do sorteio. Mas a lei diz que, quando não há acordo, têm de ser sorteados os elementos e foi assim que se resolveu infelizmente porque não acontece na maior parte das freguesias”, acrescenta Manuela Antunes.
O presidente da Junta de Abraveses, Rui Pedro Almeida, escusou-se a reagir a estas queixas. Ao Jornal do Centro, o autarca garantiu apenas que esta é a primeira vez que, na freguesia, não houve acordo para a constituição das mesas.
Em Abraveses, vai haver 10 mesas de voto com cinco membros cada. Cada elemento poderá receber uma gratificação de cerca de 52 euros.
O Bloco pede ainda que se cumpra a legislação e as recomendações da Comissão Nacional de Eleições, que defende a adoção de “critérios de democraticidade, equidade e equilíbrio político” na composição das mesas de voto.