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Os aneurismas da aorta abdominal são os aneurismas arteriais periféricos mais comuns. Como a artéria aorta é a artéria mais importante do organismo, originando-se no coração e terminando sensivelmente a nível da projeção do umbigo, a sua transformação aneurismática é muito importante pelos riscos potenciais que ela condiciona. O aneurisma da aorta abdominal consiste numa dilatação da artéria, que pode romper e ser potencialmente fatal.
Estes aneurismas são mais comuns em homens, em pessoas de idade avançada, em fumadores, em hipertensos ou em doentes com história familiar de parentes em 1º grau com a doença. Apesar destas características mais comuns, podem ocorrer em qualquer pessoa e em qualquer idade. Como a maioria destes aneurismas são assintomáticos deve ser pensada a possibilidade da sua existência nestes grupos.
A sua grande complicação e mais temida é a sua rotura. Quando esta ocorre a probabilidade de morte é de 80 a 90%. Assim é fundamental um diagnóstico precoce para que se evite a sua rotura!
O seu diagnóstico pode ser efectuado pela palpação abdominal, mas em doentes obesos pode ser difícil a sua detecção. Assim é comummente necessário a realização de um exame imagiológico abdominal (ecografia, TAC ou ressonância) para a confirmação do diagnóstico. No momento actual a maioria dos aneurismas são diagnosticados acidentalmente durante a realização de exames imagiológicos para estudo de outras patologias.
Como referido, e sendo maioria destes aneurismas assintomáticos, para que se efetue um diagnóstico precoce do aneurismas da aorta abdominal é necessário efectuar um rastreio imagiológico através da realização de um eco doppler ou uma ecografia aorto-ilíaca, que é um exame inócuo, simples e barato. Desta forma deixamos de estar dependentes do ocaso para o seu diagnóstico, sendo que todos os homens com mais de 65 anos o devem realizar.
Após o diagnóstico do aneurisma, todos os doentes devem iniciar um tratamento médico, que consiste na abstenção tabágica, toma de uma estatina e de um antiagregante plaquetário , controlo da sua tensão arterial e uma marcha diária de 30 minutos.
A decisão de realizar tratamento cirúrgico está associada ao tamanho do aneurisma, e normalmente é efetuado quando o seu diâmetro máximo é superior a 50 mm, que é quando o risco de rotura e morte ultrapassa o risco associado ao tratamento cirúrgico. Os aneurismas com menos de 50 mm de diâmetro devem ser avaliados em consulta e monitorizados com ecografia ou tac com uma frequência que vai depender do seu diâmetro.
Atualmente temos dois tipos de tratamento cirúrgico do aneurisma da aorta abdominal:
O tratamento endovascular que é menos invasivo e consiste na implantação de uma endoprótese através de cateteres que excluem o aneurisma da circulação sanguínea. Esta técnica pode mesmo ser realizada por via percutânea (sem incisões cirúrgicas) e sob anestesia local é atualmente a mais efectuada. São tratados com esta técnica os aneurismas que possuem determinadas condições anatómicas avaliadas por TAC, e a sua realização implica posteriormente um seguimento regular anual por TAC ao longo da vida do doente.
O tratamento por cirurgia convencional é realizado em doentes sem condições anatómicas para realizar o tratamento endovascular ou em doentes mais jovens com bom estado de saúde. Normalmente é realizado através de uma incisão cirúrgica abdominal em que se substitui o segmento aneurismático por uma prótese. O seguimento imagiológico de controlo é normalmente realizado ao fim de 5 anos.
Em conclusão podemos afirmar que o diagnóstico precoce do aneurisma da aorta abdominal é fundamental para que possa ser tratado eletivamente e precocemente, evitando-se a mortalidade elevadíssima associada à sua rotura. É uma obrigação de todos a contribuição para a implementação de um rastreio de aneurisma a nível nacional, para que não seja o ocaso a definir o futuro do doente que tem um aneurisma da aorta que desconhece.
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