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A prática de atividade física regular é essencial para a saúde e bem estar físico e mental. No dia Mundial do Coração, devemos relembrar que o desporto, recreativo ou federado, deve ser encarado como um dos pilares essenciais para adquirir hábitos de vida saudável, em conjunto como uma alimentação adequada. Está comprovado cientificamente que a prática regular de exercício beneficia – física, mental e socialmente – toda a população, independentemente da idade e condição física.
Frequentemente as crianças e adolescentes com doença cardíaca são impedidas de praticar desporto federado, ou mesmo atividade física recreativa. O receio (por parte dos pais, dos professores e até do médico assistente) de que o desporto possa precipitar ou agravar as condições clínicas de base, limitam as crianças e adolescentes para a prática de exercício físico. Esta restrição não só reduz a prática de atividade física benéfica para a saúde, como acentua as diferenças e a exclusão social.
Nos últimos anos surgiram consensos internacionais focados no desenvolvimento de recomendações para a prática de desporto recreativo e federado, em atletas com anomalias cardiovasculares.
A avaliação clínica das crianças e adolescentes com doença cardíaca deve ser realizada por médicos especializados, em consulta de Cardiologia Pediátrica, que consiste numa história clínica e exame objetivo cuidadosos, associados à realização de exames complementares de diagnóstico, como, por exemplo, eletrocardiograma, ecocardiograma, Holter de 24 horas e prova de esforço. Após cuidadosa avaliação é possível permitir a prática de exercício físico recreativo e até mesmo federado a esta população. A escolha do desporto deve ser feita individualmente, de acordo com a idade, preferência pessoal e risco associado à atividade.
Sabe-se que a prática de exercício físico é um forte meio de prevenção de doenças e um método de promoção da saúde. As crianças e adolescentes com doença cardíaca devem, por isso, ser incentivados a praticar desporto em segurança, após cuidadosa avaliação pelo médico assistente.
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