No episódio de “A Comer é que a Gente se Entende”, o…
As casas antigas são mais do que casas. São testemunhas da nossa…
A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
por
Jorge Marques
por
Pedro Baila Antunes
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
Viseu recebeu na tarde deste domingo (10 de outubro) a 4ª marcha pelos direitos LGBTQIA+. Na iniciativa, que teve como lema “o orgulho existe, resiste e sai à rua”, estiveram cerca de duas centenas de participantes.
A marcha começou no Jardim Sensorial de Santo António, junto à Escola Emídio Navarro, e passou pela rua direita, parque Aquilino Ribeiro e Rossio, onde terminou.
Melanie Mendes, da plataforma Já Marchavas, que organizou a iniciativa, lembrou que ações como esta ainda continuam a ser necessárias. “Com estas lutas, que são pequenas mas que no fundo são grandes, aos poucos, vamos conseguindo o espaço que ainda nos falta. Há ainda muita coisa para conquistar que ainda não conseguimos. Continuam a existir ataques a pessoas da comunidade. Ainda há sítios onde ser LGBTI é crime”, destacou.
Antes do arranque da marcha, houve tempo para várias intervenções por parte de diferentes associações, organizações e representantes de partidos políticos. Entre os intervenientes estava Eulália Almeida, da Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual (AMPLOS), que destacou que continua a ser preciso “lutar por uma sociedade mais justa e opormono-nos a toda a descriminação pela orientação sexual e identidade de género”.
Eulália Almeida lembrou que também ela foi uma mãe que “teve de ir buscar coragem e está hoje como ativista. Mãe de um filho que precisou que a sua mãe mudasse. Hoje estou aqui também em representação dele”, destacou.
Na iniciativa esteve também a secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, que lembrou que estas marchas “são uma afirmação política do direito a ser pessoa, na sua integralidade, sem barreiras, sem perseguição e sem descriminação”.
“Há muitos jovens, pessoas de todas as idades, que enfrentam barreiras muito significativas para assumirem a sua orientação sexual, a sua identidade de género e é por isso que marchamos”, sublinhou Rosa Monteiro.
A secretária de Estado, natural de Viseu, disse ainda que estas marchas por todo o país “são o sintoma positivo de que estamos a expandir e a criar um Portugal mais igual e a reduzir as assimetrias regionais que existem”.
“Não queremos ter pessoas que estejam segregadas neste país e que para serem livres tenham de viver apenas nos grandes centros. A vitalidade e diversidade destes movimentos, em todas as regiões e distritos do país, com movimentos de base local, associações e coletivos, é muito importante”.
A escolha do dia 10 de outubro para a realização da marcha não foi por acaso, já que amanhã se assinala o “The Coming Out Day”.