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Eleições: PS pode repetir cabeça de lista em Viseu. PSD ainda aguarda por clarificação

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 Eleições: PS pode repetir cabeça de lista em Viseu. PSD ainda aguarda por clarificação
05.11.21
fotografia: Jornal do Centro
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 Eleições: PS pode repetir cabeça de lista em Viseu. PSD ainda aguarda por clarificação
27.12.24
Fotografia: Jornal do Centro
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 Eleições: PS pode repetir cabeça de lista em Viseu. PSD ainda aguarda por clarificação

Portugal vai de novo a eleições legislativas a 30 de janeiro do próximo ano. A decisão foi anunciada ontem (quinta-feira, 4 de novembro) pelo Presidente da República, que também decidiu pela dissolução da Assembleia da República.

As distritais de Viseu do PS e do PSD, os dois partidos que têm deputados eleitos por Viseu no Parlamento, concordam com a data decretada por Marcelo Rebelo de Sousa.

Em declarações ao Jornal do Centro, o presidente da Federação socialista, José Rui Cruz, defende que o país tem de ir a votos “o mais urgente possível”.

“Seria natural que, a partir de 16 de janeiro, as eleições fossem possíveis. O dia 30 era uma dessas datas e foi a opção do Presidente da República. Nós estamos confortáveis e achamos a data razoável”, diz. O dirigente acrescenta que o PS já estava a trabalhar a pensar na data marcada pelo chefe de Estado e que respeita a decisão.

A poucos meses das legislativas antecipadas, o PS ainda não começou a preparar o próximo ciclo eleitoral. Mas, segundo adianta José Rui Cruz, o deputado João Azevedo pode voltar a ser o cabeça de lista dos socialistas pelo distrito.

O presidente da distrital socialista garante que as eleições vão começar a ser trabalhadas em breve.

“Vamos tratar agora do processo porque tudo isto foi muito precipitado. Ainda não estamos no processo de escolhas que vamos tratar com o secretário-geral, que deve indicar o cabeça de lista. A Federação irá tratar da restante lista, fazendo uma data de avaliações e equilíbrios regionais que é preciso ter em conta. Portanto, vamos fazer esse trabalho a partir de agora”, explica José Rui Cruz.

A data de 30 de janeiro também merece a concordância do presidente da distrital de Viseu do PSD. Pedro Alves diz que não tem nada a opor e até realça que o dia escolhido traz “algum equilíbrio” e possibilita “que os partidos organizem a casa”.

“Era óbvio que quanto mais tempo fosse possível para que os portugueses pudessem aferir das propostas que vão ser colocadas à consideração, seria mais interessante. No entanto, é mais do que suficiente e o Presidente da República deixou bem claro quais são os fatores de ponderação que me pareceram bastante sensatos”, reconhece.

Pedro Alves defende que o PSD tem de definir primeiro a sua própria liderança antes da escolha dos nomes para as listas candidatas. O líder da distrital defende que será necessário conciliar o processo interno com a preparação para as eleições.

“Temos de procurar dentro do partido resolver e fiscalizar o processo de eleição do presidente e, simultaneamente, da realização do Congresso e perceber como vamos encaixar todo este procedimento do ponto de vista do calendário. Temos de começar a olhar com atenção para esta situação”, sustenta.

Pedro Alves defende ainda bom senso “para encontrarmos o equilíbrio que precisamos para resolver o problema”.

“Não é uma situação de grande preocupação, mas é uma constatação normal em tempo de eleições e que vamos gerir com o sentido de responsabilidade que estas situações obrigam”, acrescenta.

Quem já manifestou disponibilidade para fazer parte das listas em Viseu foi o atual deputado eleito pelo Círculo do Porto, Hugo Carvalho. Na Conversa Central desta semana, 9, o social-democrata anunciou que até já mudou o cartão de militante para Viseu.

Marcelo pede bom senso aos eleitores

No seu discurso de ontem, o Presidente da República defendeu que “em momentos como este existe sempre uma solução em democracia, sem dramatizações nem temores, faz parte da vida própria da democracia: devolver a palavra ao povo”.

Marcelo Rebelo de Sousa argumentou que o facto de a campanha eleitoral e os debates poderem ser realizados no Natal ou por altura do Ano Novo seria “a todos os títulos, indesejáveis, e podem ser meio caminho mandado para um aumento da abstenção”.

“O sensato é apontar para debates e campanha, a começar em 2022, mas não em cima do dia de ano novo, e ainda assim termos eleições em janeiro – como eu disse desde o primeiro momento –, compatibilizando a desejável rapidez com a devia atenção a um período sensível na vida das pessoas”, acrescentou.

O Presidente da República apelou ainda ao patriotismo, ao bom senso e ao espírito democrático dos portugueses.

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