A psicóloga acaba de lançar “O Mundo cabe no coração de uma…
A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
No quarto episódio do programa “Bem-Vindo a”, tivemos o prazer de conversar…
por
Ana Rodrigues Silva
por
Eugénia Costa e Jenny Santos
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
Os motoristas dos transportes públicos regressam à greve esta quinta-feira (2 de dezembro), depois de três paralisações no espaço de três meses.
A greve vai envolver os trabalhadores das empresas privadas de transportes públicos de passageiros. Em causa está a reivindicação de aumentos salariais, tendo agora como slogan “Responsabilidade Máxima, Salário Mínimo”, revela Jorge Rodrigues, do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários e Urbanos de Portugal.
“Nós queremos ser diferenciados em relação a todas as outras categorias. Temos hoje o salário mínimo, o subsídio de alimentação continua a ser muito baixo e continuamos a ter três horas de intervalo para refeições, divididos por dois períodos. Num dia normal de oito horas, o motorista tem de estar no mínimo onze ao serviço do patrão”, explica o sindicalista.
Esta paralisação abrange todos os trabalhadores das empresas privadas do setor rodoviário de passageiros, associadas na Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros (ANTROP), e também das empresas do grupo Transdev, onde se aplica o Contrato Coletivo de Trabalho Vertical.
Em causa, diz Jorge Rodrigues, está uma profissão de muita responsabilidade que não está a ser devidamente reconhecida.
“A ANTROP está com alguma dificuldade em perceber – até porque as empresas têm muitas dificuldades e falta de motoristas – que o motorista, com a responsabilidade que tem, as formações que têm de ter e como um cidadão exemplar que tem de ser com o registo criminal e o registo de infrações limpos, ainda aufere o salário mínimo. Esta não é uma profissão como qualquer uma, é uma de alta responsabilidade”, afirma.
Nesta greve, os sindicatos exigem o aumento do salário base do motorista para 750 euros e uma atualização do subsídio de refeição “nos mesmos termos percentuais” do aumento do salário do motorista e a redução do intervalo de descanso para o máximo de duas horas.
A adesão à última greve a 22 de novembro foi de, pelo menos, dos motoristas na região com vários autocarros parados.
As principais empresas de transportes de passageiros em Viseu empregam um total de cerca de 250 funcionários. Os motoristas já tinham feito protesto em MUV “está praticamente parado”. Greve com mais de 90 por cento de adesão em Viseu e Autocarros voltaram a parar. Motoristas estão em greve.
A ANTROP e a Transdev propôs aumentos salariais no valor de 10,5 euros e 10 euros por mês, respetivamente.
A Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações e o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes defenderam que as propostas dos patrões estão “muito distantes” das apresentadas pelos sindicatos, traduzindo-se “numa atualização de 0,33 euros por dia, que nem dá para beber mais um café”.
Os sindicatos reiteraram estar disponíveis para negociar propostas que permitam um acordo de valorização dos salários. “São reivindicações que uniram os trabalhadores nas greves passadas e que continuam a ser razões para manter e ampliar a unidade na ação”, vincaram.