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O ex-cônsul Aristides de Sousa Mendes foi recentemente homenageado em Marly-le-Roi, uma cidade francesa que fica situada nos arredores de Paris e está geminada com Viseu.
A iniciativa foi realizada pela associação Les Amis du Jumelage e contou com a presença de Gerald Mendes, neto de Aristides, no Centro Cultural Jean Vilar.
Entre as entidades presentes na cerimónia dedicada ao antigo diplomata recentemente homenageado no Panteão Nacional, estiveram representantes da Embaixada de Portugal em França e do Consulado em Paris, bem como a Confraria de Saberes e Sabores da Beira ‘Grão Vasco’, sediada em Viseu.
O neto de Aristides, Gerald Mendes, lembrou o legado deixado pelo avô. “Esta é uma história do passado que se reflete no presente e no futuro”, disse lembrando também a requalificação da antiga residência do diplomata, a Casa do Passal em Cabanas de Viriato, no concelho de Carregal do Sal, que acredita que “vai ser reabilitada em 2022”.
“É uma enorme responsabilidade representar toda a família, em especial o meu avô, e de explicar a importância do seu gesto e o que dele tiramos, porque é bom não esquecer as lições do passado”, afirmou.
O neto do antigo cônsul – que salvou milhares de judeus do Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial – realçou também a necessidade “de partilhar os ideais do meu avô com a comunidade em geral, nomeadamente com os alunos das escolas, pois vivemos tempos não muito diferentes dos daquela época”.
A exibição do filme “O Cônsul de Bordéus” e uma sessão de perguntas e respostas, centrada na história do avô, foram os momentos altos da iniciativa.
Entre as intervenções, destaca-se também a do cônsul de Portugal em Paris, Carlos Oliveira, que disse que Aristides de Sousa Mendes é hoje uma “referência incontornável” da história contemporânea portuguesa.
O almoxarife da Confraria ‘Grão Vasco’, José Ernesto Silva, destacou a “generosidade e exemplo de humanidade” de Aristides. “O seu gesto não foi apenas pelos judeus, por todos quantos salvou do holocausto, mas por todos nós. Foi esse o exemplo que Aristides de Sousa Mendes nos deixou e que devemos seguir”, sublinhou.