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A poucas horas do momento mais alto da época natalícia, várias pessoas fizeram o Covid-19: em dez dias, mais de seis mil testes e 180 casos positivos à Covid-19 em Viseu para que possam estar em segurança e, em muitos casos, conviver e reunir com os familiares que chegam para passar o Natal.
Só na quinta-feira (23 de dezembro), foram feitos 1.631 testes em dois dos centros de testagem instalados na cidade de Viseu. No drive-thru do Campo de Viriato foram feitos 1.464 testes, de onde saíram 20 casos positivos. Já no Rossio, foram testadas 167 pessoas, das quais três acusaram positivo à Covid-19.
O cuidado é a palavra de ordem nesta altura. No centro de testagem do Rossio, vários viseenses contaram ao Jornal do Centro porque é que fizeram o teste ao novo coronavírus e se concordam com as Teletrabalho obrigatório e discotecas voltam a fechar no dia de Natal que entram em vigor à meia-noite deste sábado (25 de dezembro).
Entre a azáfama da fila que contornava o Tribunal de Trabalho de Viseu, encontrámos Sónia Teles. Diz que veio ao centro de testagem porque irá estar com a mãe “que fez 78 anos e quero ter a certeza de que, se vou estar com ela, é para estar em condições”. “Se tiver uma surpresa desagradável, vou ficar aqui na cidade e não vou estar com ela”, garantiu.
Sónia também disse que deixou de ir a jantares e convívios “porque não me sentia confortável em ambientes assim”.
“Demorei bastante tempo a ir pela primeira vez a um restaurante e outros espaços em que tivesse outras pessoas porque não sabia como lidam com o vírus. Senti esse receio. Há pouco tempo, tinha começado a ter essa liberdade mas, entretanto, desisti outra vez. Espero que isto passe o mais rápido possível para que possamos voltar à vida normal”, afirmou.
Já Clara Bento resolveu fazer o despiste à Covid-19 porque irá passar o Natal com a família, incluindo uma avó de 92 anos. “Somos cerca de dez pessoas e combinámos todos fazer o teste para garantir que corre tudo bem. Mesmo estando vacinados, nunca é demais prevenir”, disse.
Conceição Neves acompanhou a sobrinha nesta testagem, mas em breves palavras frisou que há cada vez mais pessoas preocupadas em estarem junto das famílias com segurança. “Tenho visto muita gente aqui nos últimos dias e acho que as pessoas estão a aderir bastante a esta iniciativa e a esta preocupação de se juntar com a família, mas com mais segurança ainda do que já temos”, referiu.
Ana Santos fez o teste por outros motivos. Contou-nos que a filha esteve em contacto com um primo que testou positivo, após um convívio numa discoteca. “Aliás, o meu Natal já está estragado porque ia para Coimbra para estar com os meus pais e já não vou. Perante isto, vim só ver se este teste dá negativo porque assim evito em incubação. Se der positivo, ficamos em casa de castigo”, disse.
Medidas de contenção com o “selo” de aprovação dos viseenses
Já questionada se concorda com as medidas de contenção decretadas esta semana pelo Governo, que incluem o encerramento de bares e discotecas e o teletrabalho obrigatório, Sónia Teles, sem hesitar, diz que sim e adianta que, a seu ver, faz mais sentido evitar contactos depois do Natal.
Contudo, admite discordar com o encerramento das discotecas, uma medida que considera um “exagero” e que “pode criar um problema grande” para os promotores do setor.
Entretanto, Clara Bento diz que as medidas “até podiam ter sido um pouco mais duras, mas ainda bem que não foram”. Mesmo assim, entende que “vai haver muito mais ajuntamentos e tudo o mais e é importante as pessoas perceberem que a pandemia ainda não acabou”.
“Foi inteligente implementar as medidas depois do Natal e do Ano Novo porque acho que as pessoas já estão muito cansadas disto e iam reagir muito mal se impusessem outra vez as restrições no Natal”, acrescentou.
Enquanto Conceição Neves disse que as medidas são “para o bem de toda a gente”, Ana Santos concorda sobretudo com o encerramento das discotecas e a proibição do consumo de bebidas alcoólicas na via pública. “São medidas que nem sequer deviam ter sido postas de parte e, ainda com a nova estripe, há muito para caminhar”, referiu.
Já António Antunes, outra das pessoas que resolveu fazer o teste no Rossio, é da opinião de que a imposição do teste negativo para aceder a restaurantes e hotéis será a medida com maior impacto.
Outras pessoas, como Valentim Rodrigues e Teresa Amaral, dizem que as medidas pecam por serem tardias e que já deviam terem sido tomadas mais cedo. “A economia não pode parar e a vida tem de continuar, mas se as medidas tivessem sido tomadas há 15 dias, os números seriam de certeza inferiores”, disse Valentim.
Já Teresa Amaral considera que o Governo já podia “prever que isto iria acontecer e tanto mais que nós temos os nossos familiares que não deixam mesmo de vir por muito que isto esteja mal”.
Entretanto, Iuri Costa fala em medidas tomadas “na época conveniente, talvez até um pouco a mais, mas sempre válidas”.
Mais à frente, António Couto fala em medidas “ligeiras”. “Acho que, além do teste, devia haver limitações nos bares, nas discotecas e também nos restaurantes, conforme no ano passado”, disse.
Tatiana Ferreira demonstra ter dúvidas quanto ao encerramento dos ATL, “porque há pessoas que têm filhos e não têm onde os deixar”.
De resto, apesar das restrições e da preocupação com a pandemia, a esperança ainda é a última a morrer com alguns a esperarem retomar à vida normal.
Neste período de contenção, estão previstas outras medidas como o encerramento das creches e a obrigatoriedade do teste negativo para aceder a estabelecimentos turísticos, espaços de alojamento local, casamentos, batizados, eventos empresariais, espetáculos culturais e recintos desportivos.
Além disso, também vai haver uma redução da lotação nos estabelecimentos comerciais para apenas uma pessoa por cada 5 metros quadrados.
No Natal, a 24 e 25 de dezembro, e no Ano Novo, a 31 de dezembro e 1 de janeiro, vai ser preciso teste negativo para entrar em festas de réveillon, restaurantes e casinos. Serão ainda proibidos ajuntamentos de mais de 10 pessoas na via pública na passagem de ano e ainda o consumo de bebidas alcoólicas.
Vai ainda haver um reforço do número de testes gratuitos de quatro para seis por mês.