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A Câmara de Lamego vai ampliar o canil da Serra das Meadas e assinou esta quinta-feira protocolos com clínicas veterinárias para apoiar a adoção de animais por pessoas com debilidades económicas.
A cerimónia de apresentação pública do Plano de Bem-Estar Animal do município de Lamego decorreu no auditório do Parque Biológico da Serra das Meadas, com o objetivo de divulgar a nova imagem, identidade e projeto de ampliação do Abrigo – Centro de Recolha Oficial de Animais de Lamego (CROA de Lamego).
A apresentação contou com a presença e participação do Presidente da Câmara Municipal de Lamego, Francisco Lopes, bem como com a Diretora Regional da Conservação da Natureza e Florestas do Norte, Sandra Sarmento e o Chefe da Divisão do Ambiente e Serviços Urbanos do município de Lamego, Hélder Santos.
“Implementando medidas relacionadas com o bem-estar dos animais nós estamos, de certa maneira, a conseguir controlar e combater o problema dos animais errantes e, dessa forma, a aumentar a segurança e a tranquilidade das pessoas, que se sentem ameaçadas pela existência destes animais errantes, que convencionamos chamar de matilhas”, disse.
Para o efeito, será utilizada a nova imagem do Centro de Recolha Oficial de Animais de Lamego, assumindo, também, a sua nova designação paralela – abrigo, de forma a dar vida à ideia de que os animais também poderão ser felizes no CROA.
O plano para o bem-estar assenta essencialmente nas seguintes medidas: a sensibilização da população a nível do abandono, adoção e controlo reprodutivo, o apoio às famílias carenciadas detentoras de animais, a incentivos à adoção, à intensificação do controlo reprodutivo, bem como ao aumento e reabilitação das instalações do abrigo.
“Temos em curso, já numa fase muito avançada, dois regulamentos. Um deles é para o apoio a famílias carenciadas detentoras de animais, apoiando economicamente as famílias mais necessitadas como forma de combater o abandono”, referiu ainda Hélder Santos. “Consiste na prestação ao nível do nosso CRO de cuidados de saúde primários – este apoio não é para toda a gente, é para as pessoas que têm um rendimento bruto englobável para efeitos de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS) inferior a 1,5 vezes o valor do salário mínimo nacional”.
O aumento da capacidade de alojamento do abrigo passará por acrescentar dezasseis novas celas às já existentes, desta forma será possível combater a lotação em excesso.
A obra irá contar, ainda, com um pequeno gatil e uma cozinha para a confeção de alimentos húmidos.
A Diretora Regional da Conservação da Natureza e Florestas do Norte, Sandra Sarmento, reconheceu que a questão da recolha de animais errantes é um desafio enorme, mas com o apoio das várias organizações é possível de resolver.
“É um problema que hoje existe e que nós temos consciência, temos que olhar pra ele, enfrentá-lo e resolvê-lo, e só será possível se o fizermos desta forma articulada e em colaboração entre todas as organizações com responsabilidade no território”, disse.
Acrescentou, ainda, que “só será possível se o fizermos desta forma articulada e em colaboração entre todas as organizações com responsabilidade no território”.
O objetivo do abrigo passa também por transmitir um novo olhar sobre o acolhimento destes animais e mostrar que os mesmos são bem tratados em locais de qualidade que podem considerar a sua casa.
Em relação à missão do instituto para com o abrigo, “A nossa missão não é só obviamente fiscalizar ou monitorizar e coordenar, é muito encontrar as soluções para ajudar a resolver os problemas, porque o nosso grande propósito é de facto o bem-estar dos animais”, declarou Sandra Sarmento.
O presidente da Câmara Municipal de Lamego, Francisco Lopes, afirmou, por seu lado, que “o município de Lamego quer de facto ser uma referência nesta questão, nesta temática tão importante hoje que é o bem-estar animal.”
Apesar de saber que esta iniciativa não irá resolver todos os problemas, quer dar passos claros nesse sentido que, para além de ser uma responsabilidade das organizações a população, também tem um papel importante na recolha dos animais.
“Queremos fazê-lo naturalmente com todas as entidades que institucionalmente têm responsabilidade em colaborar nesta matéria mas também fazê-lo com a sociedade civil , com as pessoas que gostam de animais , que se preocupam com os animais e que querem connosco ser parceiros neste desígnio de dar aos animais de companhia detidos por pessoas e também aqueles que são sujeitos a viver na rua as melhores condições de bem estar e garantir que eles não são de facto uma ameaça nem para a saúde pública nem para a segurança dos cidadãos” , sustentou Francisco Lopes.
Foram assinados protocolos de colaboração com várias organizações – “Clínica Veterinária VetLamego”, Clínica Veterinária Douro Sul , Associação de salvamento e proteção animal de Lamego (ASPA) e Junta de Freguesia de Lamego – que visam obter melhores cuidados de saúde, combater o abandono e promover a adoção responsável.
Os promotores acreditam que será possível mitigar o problema das matilhas não controladas, bem como o abandono que levou a cerca de mais de 100 animais vadios só na cidade de Lamego – estima-se um total superior a 400 animais errantes em todo o concelho.