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Ana Rodrigues Silva
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Joaquim Alexandre Rodrigues
A Câmara de São Pedro do Sul está disponível para acolher refugiados da Ucrânia, que está em conflito com a Rússia há cerca de uma semana.
A autarquia já começou a preparar tudo para acolher essas pessoas. O presidente Vítor Figueiredo revela que a Pousada da Juventude, situada nas Termas, pode vir a acolher os ucranianos que passam pelo concelho.
“Temos a pousada reservada para algum fluxo de imigrantes que venham e iremos pagar uma pequena importância para que as pessoas possam dormir e tomar o pequeno-almoço. Temos feito contactos com o Governo e também com a Misericórdia de Santo António, que já disponibilizou apartamentos para que as famílias possam usufruir dos mesmos”, diz em declarações ao Jornal do Centro.
Ao todo, estão reservados meia dúzia de apartamentos. Já a Pousada da Juventude tem 138 camas. Outra das preocupações é a procura de emprego. O autarca de São Pedro do Sul diz que há “muita falta de mão de obra, principalmente para homens”.
“O que se verifica é que a avalanche que está a sair das fronteiras da Ucrânia são essencialmente mulheres e crianças, pelo que não será tanto a mão de obra que nós precisamos, mas que poderemos ajudar a encaixar em empresas que possam vir a precisar deles”, acrescenta.
Além disso, a Câmara Municipal vai organizar uma campanha de recolha de bens de primeira necessidade – como alimentos, primeiros socorros, vestuário, calçado e higiene – que arranca quarta-feira (2 de março).
“O povo ucraniano está a passar por muitas dificuldades. Nós tentamos ajudar a colmatar essas mesmas necessidades e estamos a fazer uma campanha de recolha de bens que, à partida, possam ser embalados ou facilmente transportados e que iremos entregar no Porto para que possa chegar junto dos conterrâneos”, assegura Vítor Figueiredo.
A recolha será feita nas antigas instalações do Moreira e Rodrigues, no Largo da Cerca.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia decorre desde a passada quinta-feira de madrugada, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev.
As Nações Unidas dão conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
Portugal tem hoje capacidade de alojamento para 1.245 deslocados – Governo
Entretanto, Portugal tem à data de hoje capacidade para o alojamento de 1.245 pessoas que estejam deslocadas da Ucrânia, revelou a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva.
Na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros extraordinário, que decorreu de forma eletrónica, e no qual foi aprovada a resolução que concede proteção temporária a pessoas deslocadas da Ucrânia em consequência da situação de guerra que vive o país, Mariana Vieira da Silva deu nota da disponibilidade de alojamento para estes cidadãos.
De acordo com a ministra, o Governo está a “trabalhar com diversas instituições, com as câmaras e com a sociedade civil para ter uma lista de alojamentos já disponível”, considerando que este é um processo semelhante ao que aconteceu com a situação do Afeganistão.
O Conselho de Ministros também aprovou hoje uma resolução que contempla um conjunto de requisitos simplificados para a obtenção de proteção temporária, para refugiados, devido à guerra que se vive na Ucrânia.
Esta resposta, afirmou Mariana Vieira da Silva, foi trabalhada pelo Governo em conjunto com câmaras municipais, organizações da sociedade civil, IPSS e também com a comunidade ucraniana em Portugal “no sentido de responder aquelas que são as necessidades fundamentais que podem ser alojamento, que são necessariamente de legalização da situação, mas também com uma aposta fundamental na dimensão do emprego”.
Segundo a ministra da Justiça e da Administração Interna, Francisca Van Dunem, o regime vai ter a duração inicial de um ano, prorrogável por dois períodos de seis meses, “desde que se mantenham as condições que impeçam o regresso das pessoas” à Ucrânia.
Podem beneficiar desta proteção temporária, refere o comunicado do Conselho de Ministros, os cidadãos nacionais da Ucrânia e seus familiares, assim como cidadãos de outras nacionalidades que comprovem ser parentes, afins, cônjuges ou unidos de facto de cidadãos de nacionalidade ucraniana.