A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões de 2025 para os…
No terceiro episódio do programa “Bem-Vindo a”, tivemos o prazer de conversar…
por
Jorge Marques
por
Pedro Baila Antunes
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
Comemoramos, no dia 3 de março, o Dia Mundial da Audição.
Esta efeméride serve de alerta para a sociedade recordar a necessidade da prevenção, do diagnóstico e do tratamento da surdez.
A importância da audição acompanha todas as faixas etárias.
A prevenção da surdez deve iniciar-se ainda durante a gestação do feto. Há patologias que ainda continuam esquecidas e que podem conduzir a uma surdez evitável. As infeções por Citamegalovírus (CMV) é uma preocupação cada vez maior. A comunidade médica deverá ter sempre presente o seu diagnóstico precoce.
No nosso país, já realizamos o Rastreio Auditivo Neonatal Universal (RANU), no qual, ainda durante o internamento do pós-parto, é avaliada a audição de todos os recém-nascidos.
O RANU, implementado há muitos anos em Portugal, tem sido de uma importância enorme na descoberta precoce de crianças com surdez e com o benefício da sua resolução atempada.
Deste modo, conseguimos uma integração perfeita da criança no seu meio familiar, escolar e social.
Por outro lado, os médicos especialistas em Otorrinolaringologia têm defendido que deveria ser obrigatório um rastreio auditivo pré-escolar, aos 5 anos de idade, para evitar a entrada na escola de crianças com défice de audição e todas as consequências que isso acarreta na aprendizagem escolar.
Este dia alusivo à audição serve também para chamar a atenção para as consequências de ambientes com ruído quer seja no trabalho, quer seja em ambientes descontraídos com música alta, sobretudo nas idades jovens. As consequências do excesso de ruído podem causar lesões irreversíveis que devemos e podemos evitar.
O acompanhamento por profissionais especializados pode evitar danos irreparáveis.
Os Serviços de Otorrinolaringologia dos hospitais estão apetrechados para o estudo integral da patologia da surdez e seu tratamento.
Nas idades mais avançadas, devemos estar atentos às alterações auditivas consideradas próprias desta fase de vida, mas que por isso não devemos aceitar como inevitáveis, pois o seu diagnóstico e tratamento são cruciais.
Nos idosos a perda da audição, não compensada com dispositivos apropriados, leva a alterações cognitivas e a uma demência mais precoce, além da perda da integração familiar e social. Nestas situações, os apoios para a aquisição das próteses auditivas convencionais, indispensáveis na solução destes casos, assumem especial importância.
Há vários centros especializados para colocação cirúrgica de implantes cocleares (outra solução disponível para casos específicos), onde se inclui Viseu. Estes dispositivos são de grande interesse na resolução da surdez dita severa e profunda, seja para as crianças, seja para os adultos. Há que facilitar a acessibilidade a estes tratamentos e equipamentos para toda a população.
Muito se tem feito para a preservação da audição em Portugal, mas ainda há muito caminho para percorrer.
No entanto, devemos continuar a persistir em estabelecer um programa nacional abrangente para a prevenção e tratamento da surdez, envolvendo transversalmente todas as idades.
Marques dos Santos, Coordenador de Otorrinolaringologia no Hospital CUF Viseu
por
Jorge Marques
por
Pedro Baila Antunes
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Maria Duarte - Era Viseu Viriato
por
Teresa Machado