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O Glaucoma é uma doença ocular que afeta cerca de 4 milhões de pessoas no Mundo e que em casos extremos pode levar à cegueira. É uma patologia assintomática (sem sintomas), muito grave e causa danos irreversíveis se não for tratada a tempo. Os especialistas estimam que cerca de 90% das pessoas que padecem desta doença, poderiam evitar a cegueira caso tivessem um tratamento adequado.
Neste mês de março, que se comemora o Dia Mundial do Glaucoma, continua a ser relevante explicar esta doença ocular porque o Glaucoma ainda continua a passar despercebido e, na sua grande maioria é apenas conhecido por quem dela padece e dos familiares mais próximos.
De uma forma simples, trata-se de uma doença do nervo ótico, consequência de Tensão Ocular Alta. Na sua forma mais comum, o Glaucoma Crónico é uma doença assintomática (sem sintomas) até um desenvolvimento já significativo da mesma.
Neste estágio mais avançado da doença os sintomas mais comuns são o surgimento de manchas escuras no campo visão, diminuição do campo de visão, olho vermelho ou mesmo dor. É para não chegarmos aqui que temos que estar especialmente atentos.
Outro aspeto desta doença, particularmente na sua forma mais comum, é que ela não é consequência de nenhum agente externo, como vírus, bactéria ou fungo, mas resulta sim de um desequilíbrio no funcionamento de diferentes partes do olho.
Por tudo isto, é fundamental a Prevenção, leia-se aqui o Rastreio. Sabemos da maior prevalência da doença na meia-idade, nos diabéticos, nos familiares daqueles que já padecem da doença, na origem africana e até na miopia.
Hoje é cada vez mais comum a oferta da medição da Tensão Ocular. É o primeiro fator a ser despistado. Se alta, o seu resultado não é suficiente para elaborar um diagnóstico, mas suficiente para encaminhar para oftalmologia. Por outro lado, uma pessoa poderá ter tensão ocular alta e não ter qualquer tipo de lesão no nervo ótico, nem diminuição do campo visual. Aliás, pode ocorrer glaucoma com tensão ocular normal.
Pessoas que têm familiares com glaucoma diagnosticado, possuem um risco mais elevado de desenvolverem a doença, por isso, uma vez por ano deverão ser submetidas a um exame oftalmológico
O oftalmologista leva em consideração todos estes fatores antes de decidir se precisa de tratamento ou de vigilância devido a suspeita de glaucoma.
Tiago Parente
Optometrista do Institutopico de Lamego e Viseu
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