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Ruas não quer parque do Almargem transformado em Chernobyl

 Ruas não quer parque do Almargem transformado em Chernobyl
01.04.22
fotografia: Jornal do Centro
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 Ruas não quer parque do Almargem transformado em Chernobyl
14.12.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Ruas não quer parque do Almargem transformado em Chernobyl

O parque aquático do Almargem, que foi abandonado há vários anos, tem de ter uma solução. A ideia foi defendida pelo presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, que vai ter já em abril uma reunião com os promotores do empreendimento.

O projeto, que foi apresentado em 2008, deveria ter sido inaugurado em 2015, com um investimento de 25 milhões de euros. Mas o complexo tem sido abandonado devido a problemas de financiamento e irregularidades no processo.

O presidente da Câmara tinha dado um mês aos promotores do empreendimento para se pronunciarem sobre a obra e estes “responderam e pediram-nos uma reunião”. “A reunião, na nossa perspetiva, é para esclarecer o assunto e dar resposta”, disse aos jornalistas após a reunião camarária de quinta-feira (31 de março).

Fernando Ruas deixou o aviso: é preciso soluções para Almargem porque, caso contrário, o parque será transformado “numa espécie de Chernobyl”.

“Não deixamos aquele amontoado ali sem ter qualquer decisão e é isso que vamos transmitir aos donos e ver a posição deles. Se querem concluir, que é o que nós queremos, tudo bem. Senão, vamos ter de arranjar solução porque não podemos deixar que aquele amontoado esteja ali e seja transformado numa espécie de Chernobyl da zona. Portanto, aquilo vai ter que ter solução”, concluiu.

A história do projeto

O parque aquático do Almargem deveria ter aberto ao público em 2015, com um investimento de 25 milhões de euros, mas o incumprimento do Estado e da banca portuguesa levou a que os investidores tentassem financiamento junto das instituições europeias.

O projeto teve início em 2008, apoiado pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, mas rapidamente viu as suas aspirações de financiamento serem goradas.

Quatro anos depois, o financiamento começou a ter problemas e foi necessário reduzir o valor de investimento, tendo passado a ser de 16,5 milhões de euros para que fosse apresentada uma candidatura aos fundos comunitários.

A obra arrancou no final do verão de 2014, tendo a entidade Turismo de Portugal avançado com um primeiro e único pagamento de pouco mais de um milhão de euros, mas foram detetadas irregularidades no processo e o empreendimento voltou a sofrer mais um corte. Com tudo isto, a banca retraiu-se e o projeto Almargem Water Resort ficou no papel.

Além das piscinas, o complexo incluía também um hotel, um parque de campismo e uma mini-hídrica, entre outras valências.

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