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por
Joaquim Alexandre Rodrigues
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Jorge Marques
Vem aí a Páscoa e, com ela, os doces e os bolos. As pastelarias de Viseu já começam a vender a tempo do culminar das festividades pascais. Mas, com a subida dos preços e do custo de vida, algumas pessoas queixam-se agora que está tudo mais caro e, por isso, estão mais de pé atrás nas encomendas, buscando apenas o essencial.
Manuela Soares, da Chocolataria Delícia, faz um balanço positivo das vendas e diz que os doces faziam falta nesta Páscoa depois da pandemia. “(As encomendas) continuam a crescer, porque as pessoas primam pelo gosto de comprar uma coisa com qualidade e, na escolha, acaba por ser determinante”, conta.
Ao Jornal do Centro, a empresária diz que, por esta altura, o seu estabelecimento vende “muitos ovos e amêndoas”, bem como também bombons. “Acho que, pela qualidade e pela diferença, acabam por continuar a ter muito peso”, afirma.
Ao contrário do que geralmente acontece quando as compras são à última da hora, Manuela Soares considera que os clientes “estão a ficar muito mais inteligentes e a comprar com muito mais antecedência, para terem uma maior escolha”.
Já Vítor Martins, do Ninho Doce, diz que, por lá, o pão de ló é o mais vendido nesta época. Mas, mesmo com algumas reservas e a procura, a Páscoa é mais uma “época morta” de vendas para esta pastelaria.
“Nesta Páscoa, estamos a trabalhar no habitual. De há uns anos para cá, as pessoas aproveitam esta altura mais para fazer aquela escapadela do que para manter aquela tradição de se reunirem e da visita pascal. É uma época que não é assim tão forte como o Natal”, refere esperando que a afluência aumente nos próximos dias antes do Domingo da Páscoa.
Na Confeitaria Amaral, também é essa a experiência em relação às vendas. A proprietária Lídia Afonso diz que já se regista algum movimento no estabelecimento nesta altura, mas as vendas são baixas em comparação com os últimos anos.
“Vendo de tudo um pouco. Vendo pão de ló margarida, pão caseiro e ainda vendo muito os viriatos que, mesmo nesta época festiva, continuam a vender-se muito e ainda ontem esgotaram. Nós cozemos aqui uma média de 1.000 viriatos e, às cinco da tarde, já não havia”, frisa.
Na Amaral, faz-se neste momento uma receita caseira “feita à mão, de pão doce, que é muito bom e que tem saído uma loucura que nunca pensámos”.
Todos se queixam dos preços mais caros
Algumas pessoas também ouvidas pelo Jornal do Centro dizem que vão viver esta Páscoa de uma forma diferente, por vários motivos. A crise provocada agora pela guerra na Ucrânia e o aumento dos preços são razões mais do que citados pelas pessoas que têm passado por estes dias nas ruas de Viseu.
Uma delas é Carla Ferreira, de Leiria, que está a viajar pelo país fora nesta semana pascal. “Estamos aqui em Viseu de passagem, vamos para o Gerês e só regressamos a Leiria no domingo à noite. Vamos relaxar e estamos a precisar de um desligar”, conta. Acrescenta que, além de pão de ló, também comprou amêndoas mais “para fazer uma caça aos ovos”.
Por outro lado, Assunção Oliveira, que é reformada, diz que vai viver a Páscoa com o marido, como se fosse um dia normal. “O poder de compra não é nenhum, as reformas são muito pequenas e limitamo-nos àquilo o que se pode”, afirma. Para a Páscoa, comprou cabrito, pão de ló e amêndoas.
Henrique Guerreiro, que está também de passagem por Viseu, também se queixa dos elevados preços. Diz que, se antes vinha de carro, agora vai de autocarro “porque as portagens e os combustíveis estão caríssimos”. “Prefiro um bocadinho aqui do que os dois anos em que vivemos e nem na Páscoa conseguimos gozar porque a Covid não nos deixou juntar”, diz.
Já Sandra Rodrigues garante que vai fazer todos os bolos em casa, para não gastar tanto nas pastelarias. Esta mulher diz que, agora, nota-se uma grande diferença com o cenário atual.
“As pessoas vão ao supermercado, onde se vê muita gente, mas demora-se mais tempo a comparar os preços. Em vez de duas sobremesas, compram só uma e há muita gente a optar por fazer em casa”, aponta.
Por sua vez, Filipa Marques diz que os festejos de Páscoa vão ser simples, com a reunião de família. “Comprei o básico. Antes, comprávamos três ou quatro bolos, mas agora é só o essencial e mais nada”, afirma.
De resto, todos desejam saúde, paz, paciência, um mundo melhor e o fim da guerra na Ucrânia.