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A circulação ferroviária no troço Pampilhosa – Guarda da Linha da Beira Alta vai ficar cortada a partir de terça-feira (inclusive), por um período estimado de nove meses, informou a Infraestruturas de Portugal (IP).
A necessidade de encerramento integral da linha é justificada pelas “características técnicas específicas dos trabalhos a realizar em diversos locais ao longo do troço”.
Segundo a IP, atendendo à “elevada complexidade” dos trabalhos, seria impraticável executá-los “mantendo a circulação ferroviária, mesmo que de forma condicionada”.
A opção pela interdição total permite, no seu entender, garantir “a segurança dos trabalhadores em obra” e que as empreitadas decorrerão “com maior eficiência”, levando a “importantes ganhos no encurtamento dos prazos de execução, poupanças ao nível dos encargos e forte mitigação dos transtornos provocados aos utilizadores”.
A IP garante que, no início do próximo ano, os utilizadores da Linha da Beira Alta “passarão a dispor de um serviço de transporte ferroviário de maior qualidade, conforto, segurança e ambientalmente sustentável”.
Durante o período de interrupção, serão disponibilizados transportes rodoviários alternativos aos clientes da Comboios de Portugal (CP).
Nas últimas semanas, a IP e a CP promoveram reuniões com as autarquias da região Centro que são servidas pelo transporte ferroviário na Linha da Beira Alta.
Nestas reuniões, foram dadas informações sobre o desenvolvimento das empreitadas em curso e apresentadas as alternativas de transporte de passageiros criadas pela CP, que “vão garantir às populações destes municípios a manutenção de um serviço de qualidade”.
A IP sublinha que a modernização integral da Linha da Beira Alta, integrada no Corredor Internacional Norte, tem “elevada importância na requalificação da Rede Ferroviária Nacional, disponibilizando às empresas e passageiros um transporte ferroviário mais eficiente nas ligações ferroviárias inter-regionais, bem como na ligação a Espanha e restante Europa”.
Entre os objetivos desta modernização está a “melhoria das condições de mobilidade e acesso dos passageiros, através da remodelação das diversas estações e apeadeiros, incluindo o alteamento, alargamento e o prolongamento de plataformas”.
A redução de tempos de percurso, o reforço da segurança, ter uma infraestrutura ferroviária “dotada com os mais modernos equipamentos de controlo, sinalização e telecomunicações”, e a requalificação e supressão de todas as passagens de nível são outros propósitos.
A IP alude ainda ao “aumento em cerca de 20% do número de comboios a circular por ano e para mais do dobro da capacidade em número de toneladas/ano” e ao desafio de ser um transporte “ambientalmente mais sustentável”.
Encontram-se em execução trabalhos de requalificação integral e de modernização em cerca de 190 quilómetros da Linha da Beira Alta, divididos por várias empreitadas, estando previsto um investimento global de cerca de 500 milhões de euros.