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Liberdade e poder local nas conquistas do 25 de Abril… mas não para todos

 Liberdade e poder local nas conquistas do 25 de Abril... mas não para todos
25.04.22
fotografia: Jornal do Centro
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 Liberdade e poder local nas conquistas do 25 de Abril... mas não para todos
14.12.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Liberdade e poder local nas conquistas do 25 de Abril... mas não para todos

“O poder local foi uma das mais fortes conquistas do 25 de abril”, uma frase que Fernando Ruas, presidente da Câmara de Viseu, proferiu na sessão solene que comemorou esta manhã a Revolução dos Cravos e que se realizou na freguesia de Silgueiros.
Uma sessão onde discursaram os deputados com assento na Assembleia Municipal, onde houve uma ovação à comunidade ucraniana que foi convidada a estar presente e onde houve um “incómodo quase silencioso”. Um momento que serviu igualmente para homenagear o major-General Carlos Chaves, o rosto do recém criada associação Viriatos.14.
Uma sessão onde se falou de tolerância, de inconformismo, de reivindicações e, até, de uma porta aberta para desafios futuros onde “não serão necessárias revoluções, mas muita ação e determinação”.

Mas de volta aos discursos, a sessão foi aberta pela deputada Lúcia Vilhena do Bloco de Esquerda que, recorrendo a Dostoiévski, lembrou que 48 anos passados da Revolução “ainda assistimos a comportamentos anti-democráticos, xenófobos, racistas…”. “Enquanto houver uma pessoa sem direito à educação, à saúde, à opinião ou a um salário digno, ainda não se cumpriu o 25 de abril”, disse.
A palavra seguiu para Amélia Soares, deputada do Chega, cujo partido tem, pela primeira vez, assento na Assembleia Municipal de Viseu. Um discurso que começou por lembrar que o 25 de Abril trouxe a “Portugal o sonho da liberdade”, mas que “ficou manchado desde o início com a tentativa de forças de extrema esquerda de usurpar o poder e implementar em Portugal uma república socialista à boa maneira soviética”. “Graças a Deus tivemos o 25 de novembro, pois foi com este contra-golpe que entrou a verdadeira democracia”, frisou. No final, onde a esquerda e a corrupção foram o tema principal, apenas alguns elementos aplaudiram. O PS ficou em silêncio, no meio a deputada do Bloco de Esquerda levantou o punho.

A tolerância é “um dos mais importantes pilares da democracia”, seguiu, nos discursos solenes, André Cunha, em representação da bancada do PS. “Torna-se urgente perceber se a tolerância também deve valer para a intolerância. Ou seja, admite-se um sistema que absorve a tolerância como ponto de aceitação de todas as convicções e escolhas mesmo até aquelas intolerantes que negam esse postulado (a tolerância) ?”, questionou para a seguir frisar que o PS como “partido plural e tolerante” mostra que a “tolerância, a democracia são valores que jamais nos serão alheios e que vivem juntos e uns são condições dos outros”.
O socialista garantiu, ainda, que para o PS as pessoas são o centro das decisões. “As pessoas têm que ser a prioridade e nunca como hoje o poder local teve que estar tão atento às necessidades das populações”, acrescentou.

Também Ana Paula Santana, do PSD, falou de direitos, de tolerância, de valores e de conquistas. “Nunca os ideais de abril foram tão essenciais para recordar. E não nos podemos prender a complexos de ordem ideológica ou política para que na luta pela liberdade não estejamos todos juntos”, disse, para acrescentar que é preciso continuar a defender “ a luta pela saúde e pela educação, pela coesão social e pelo crescimento sustentado”.
“Em suma, muito ainda temos de fazer, em liberdade. Cumpra-se Abril, protejam-se as pessoas, protejam-se os valores sociais. Atue-se politicamente em respeito pelo futuro coletivo justo, salutar e equilibrado. Não prejudiquemos o Interior, não descuremos o bem comum e a defesa da pessoa humana”, apelou.

A par da liberdade foi o poder local a segunda maior conquista de Abril. Fernando Ruas, o autarca de Viseu, ao tomar da palavra e depois de homenagear quem esteve na Revolução, lembrou que é “o poder local que na proximidade tem sido fundamental”, quer agora no combate à crise pandémica, quer na concretização de projetos para o desenvolvimento das regiões do interior.
“Cada vez mais acredito que só conseguiremos prosseguir a coesão territorial com a regionalização. Porque a verdade é que sem a regionalização chegamos ao estado em que hoje nos encontramos. Um país assimétrico”, alertou.
Defensor convicto da regionalização, o autarca social-democrata disse que só se conseguirá inverter o estado das coisas com uma regionalização e com a concretização de projetos que têm décadas de atraso. “Projetos como a ligação ferroviária ou a barragem de Fagilde que são demasiado importantes para demorarem tanto tempo a serem implementados no terreno”, assinalou, assim como a ligação em autoestrada entre Viseu e Coimbra e a Radioterapia.

A parte dos discursos oficiais foi encerrada pelo presidente da Assembleia Municipal, Mota Faria, que pediu uma ovação aos presentes para com a comunidade ucraniana que se fez representar nesta sessão solene. Depois, deixou um recado ao PS. “O Governo tem condições ímpares para ajudar Viseu e os seus investimentos estruturantes aos quais temos direito”, os mesmos antes proferidos por Fernando Ruas. “Temos de continuar a reivindicar e exigir a concretização com a máxima celeridade e não andar a pedir de chapéu na mão”, concluiu.

Nesta sessão solene do 25 de Abril foi homenageado o Major-General Carlos Chaves. Com um passado militar, o homenageado começou por recordar as suas origens de S. Pedro do Sul para deixar uma porta aberta a um futuro onde no lugar da regionalização fica antes a “municipalização”.
Depois de fazer uma viagem histórica ao seu passado e aos dias que antecederam o 25 de Abril, o presidente da recém-criada Associação Viriatos.14 deixou “pistas” para o futuro.
“Os partidos existentes (todos) estão hoje em crise permanente e não servem o fim para que foram criados”. Basta. É preciso mudar de sistema. Como e para quê? Defendendo a existência de um movimento de cidadãos, sem medos, sem rótulos, que, transversalmente às filçosofias políticas, claramente digam ao que vêm, com rostos e lideranças claras e assumidas”.
O militar defendeu que é preciso repensar os ciclos eleitorais e a representatividade, que “só deve mandar quem paga” e que o “ócio, a malandragem e o vício não podem ser premiados”.
“Em breve, numa importante área da cidadania, a Associação Viriatos.14 apresentará para, na Beira (Aveiro, Viseu e Guarda) suprimir uma enorme lacuna numa prestação de real e de cada vez mais significativa importância social e pública”, anunciou.

 Liberdade e poder local nas conquistas do 25 de Abril... mas não para todos

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 Liberdade e poder local nas conquistas do 25 de Abril... mas não para todos

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