Miauuu! Chamaram por mim? Sou a Bella, a gatinha mais fofinha, saltitante…
A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
O Natal é um momento de união, onde o amor se torna…
por
Carolina Ramalho dos Santos
por
Amnistia Internacional
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
Duarte Cotta deixou Portugal há sete anos para estudar música. Natural de Viseu, o guitarrista e produtor musical, de 27 anos, decidiu emigrar para aumentar os conhecimentos na sua área de formação.
Antes de se mudar para Roterdão, nos Países Baixos, o jovem estudava guitarra na Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal, em Lisboa e simultaneamente tocava em alguns projetos musicais.
“Emigrei em 2015 porque senti que, no ponto em que estava no meu desenvolvimento musical, Portugal não tinha tanto para oferecer como outros países na Europa”, explica, acrescentando que partiu “para o estrangeiro com o objetivo de dar continuidade” aos estudos de música.
“[Queria frequentar] um curso superior e expor-me a um meio profissional com mais possibilidades para uma pessoa com a minha profissão”, conta.
Duarte escolheu Roterdão para esta nova “aventura” porque nos Países Baixos “existe um panorama musical e artístico muito variado e desenvolvido”, que oferece várias possibilidades para quem procura vingar na área da guitarra, sem ter custos de vida tão elevados como em Inglaterra ou França.
O músico concluiu em 2019 a licenciatura no conservatório de Roterdão e por lá ficou, encontrando-se agora a frequentar um mestrado.
“Fui-me encaminhando para o mundo da produção musical que representou um novo caminho para mim dentro do mundo da música. Este novo percurso levou-me novamente em busca de um curso superior para me desenvolver nessa vertente e de momento encontro-me a estudar num mestrado de produção musical em Utrecht”, diz.
Em paralelo com os estudos, Duarte continuou a tocar guitarra, fazendo parte de alguns projetos musicais. Vai também produzindo música ao lado de outros artistas.
No início da pandemia deixou de ter tantos concertos. “Felizmente neste período iniciei o meu percurso como produtor musical que me permitiu trabalhar a partir de casa e continuar ativo de certa forma”, afirma.
O jovem garante que não teve problemas na adaptação ao país onde agora reside e conta que teve logo uma boa impressão quando se instalou. Considerou logo o povo neerlandês afável. O facto de as pessoas falarem inglês ajudou “muito” o seu processo de integração.
“O ambiente académico para qual fui era muito rico e internacional e permitiu-me criar uma rede de amigos e colegas que me ajudou a sentir como se isto fosse a minha casa”, salienta.
O clima foi o aspeto a que mais lhe custou a habituar-se.
“Para alguém que cresceu com o clima de Portugal foi um desafio aguentar a quantidade de dias chuvosos e cinzentos que aqui se vê por ano”, refere.
O tempo frio e chuvoso é o que menos gosta nos Países Baixos. Não esconde também que por vezes tem “dificuldade em manter o ritmo mais acelerado que a vida” tem no país e que faz com que as pessoas se sintam, por vezes, pequenas.
O que mais aprecia é a facilidade de transporte, graças à abundância de ciclovias e bicicletas. Destaca ainda “o ênfase que a cultura tem na sociedade e acima de tudo a grande diversidade de eventos e pessoas” que se podem encontrar.
Duarte tenta visitar duas vezes por ano Portugal. Volta por altura do Natal e verão para rever a minha família e os amigos. O regresso em definitivo vai ser uma realidade, assegura.