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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Jorge Marques
O Bloco de Esquerda questionou a Comissão Europeia sobre a descontaminação das casas dos ex-mineiros da Urgeiriça, que já se prolonga há 14 anos e tem sido contestada pelos antigos trabalhadores das minas de urânio.
Os eurodeputados José Gusmão e Marisa Matias perguntaram à Comissão se esta vai adotar medidas “para instar o Governo português a cumprir e a fazer cumprir a legislação comunitária”, frisando que ainda há casas que não foram intervencionadas. Segundo os bloquistas, Urgeiriça “é palco de um atentado à saúde pública que dura há muitos anos”.
“Catorze anos volvidos (do início da descontaminação), continuam a existir habitações que não foram intervencionadas ou que, tendo sido, não o foram de modo eficaz. A Associação dos Ex-Trabalhadores das Minas de Urânio (ATMU) tem feito esforços para que esta situação seja corrigida, até agora infrutíferos”, referem na pergunta lembrando também os efeitos na saúde, sendo que mais de 200 operários já morreram com neoplasias.
José Gusmão e Marisa Matias acusam o Governo e a Empresa de Desenvolvimento Mineiro de “inoperância”, lamentando que os mineiros continuem expostos “a níveis perigosos de radioatividade”.
O Bloco de Esquerda lembra também que assinou um memorando da ATMU, apelando aos partidos para que se comprometam com as causas dos antigos mineiros, incluindo o compromisso para a recuperação das habitações da Urgeiriça e a retirada das reservas de urânio que ainda permanecem naquele local.
Os ex-mineiros da Urgeiriça entregaram recentemente uma queixa-crime contra o Estado e a Empresa de Desenvolvimento Mineira, por causa do atraso nos trabalhos de descontaminação das casas construídas com materiais radioativos retirados das minas.
A União Europeia também avançou com um processo contra Portugal no Tribunal de Justiça europeu por falta de cumprimento de uma diretiva comunitária relacionada com o radão.