O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, rejeita ter tido culpas pela descida do Viseu 2001 para a Segunda Divisão de futsal.
O autarca respondeu, em reunião do executivo esta quinta-feira (26 de maio), às críticas lançadas pelo diretor executivo do clube, Paulo Lopes, por causa dos apoios da autarquia ao emblema.
, Paulo Lopes disse que Fernando Ruas “não se interessa minimamente pelo futsal” e que “continua ausente e amorfo”. As críticas do dirigente também apontavam para “um marasmo” desportivo em Viseu.
“Eu não escolho treinadores, nem dirijo clubes, nem escolho jogadores. Portanto, quem o faz que se responsabilize com os seus associados. Só dou resposta aos cidadãos. A resposta aos associados é dada pelos diretores dos clubes e são eles que têm de a dar. Eu não defini nada”, respondeu o presidente da Câmara na presença de Paulo Lopes, que assistiu à reunião.
Por isso, Fernando Ruas pediu para que não lhe atribuem “a responsabilidade por um ou outro inêxito” e garantiu também que não aceita pressões.
Fernando Ruas disse ainda que não se pode dizer que o desenvolvimento de um concelho se vê pela presença de uma equipa de futsal na Primeira Divisão. O presidente da Câmara disse que Viseu é “a segunda capital de distrito com um clube” a disputar a Primeira Divisão. “Não há mais nenhuma, apenas Braga, e depois a capital capital que tem dois clubes conhecidos e não há mais”, acrescentou.
O autarca disse ainda que não se podem atribuir culpas nem de sucessos, nem de insucessos. “Nós congratulamos ou ficamos tristes, mas não assumimos também a nossa responsabilidade nos êxitos. Esperamos, por exemplo, que o Académico suba no andebol, mas não vamos dizer que foi por nós que subiram porque também não fui treinar o Académico”, lembrou.
Fernando Ruas clarificou ainda que, nas últimas cinco épocas, a autarquia viseense deu mais de um milhão de euros com o Viseu 2001.
“É bom que os viseenses saibam para onde vai o seu dinheiro e que, mesmo assim, as pessoas estão insatisfeitas. Esta associação que se queixou (Viseu 2001), nos últimos dez anos, levou 1,6 milhões de euros de apoio. Se isto é pouco, não faço ideia, mas os viseenses acharão seguramente que é um apoio substantivo, um apoio com peso. Mais do que isso, não nos podemos responsabilizar”, concluiu.
