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Diz a lenda que os irmãos D.Tedo e D.Rausendo, descentes de Ramiro Leão II, foram protagonistas um “ciclo lendário” ligado à reconquista cristã no antigo ‘Reino de Portucale’.
A história diz que no século XI, os irmãos tentaram conquistar o Castelo de Paredes da Beira, que, na época, era posse do Mouro de Lamego. Após várias tentativas falhadas, D.Tedo e D.Rausendo arquitetaram um plano para conquistar o castelo.
A fortaleza estava bem protegida com grandes guerreiros e dificilmente, dizia-se na altura, poderia ser conquistada. Mas, numa manhã de S.João (24 de junho) os irmãos e os seus cavaleiros cobriram-se com vestes mouras e prepararam uma emboscada nas redondezas do castelo.
Enquanto os mouros banhavam-se nas águas do Rio Távora em celebração do dia de S.João, os irmãos ordenaram o ataque, no qual grande parte dos mouros foram dizimados. Conta-se que, neste dia, as águas do Távora correram vermelhas.
Após a conquista, o vale do rio passou a ser chamado de “Vale D’Amil”, que faz referência aos mouros “mortos aos mil”. D.Tedo e D.Rausendo deram o nome da batalha de ‘Távora’, como forma de recordar o rio onde aconteceu a vitória. Puseram também nas suas armas a imagem de um golfinho sobre as ondas, que simboliza a vitória dos irmãos.
Parece que a história não “dá os devidos créditos” à existência dos cavaleiros e das suas conquistas importantes na história de Portugal. Mas, e o leitor? Acredita na lenda dos irmãos da batalha de Távora?
Mas a história destes dois irmãos que andaram por terras de Tabuaço não acabam aqui e há outra lenda curiosa (com aspectos verdadeiros) à volta destes dois cavaleiros. Assim, reza a história que a virgem moura Ardínia ou Ardinga, filha do vali de Lamego, rei Alboacém, ficou enamorada pelos feitos heróicos do cavaleiro cristão D. Tedo e desejosa de o conhecer e tomar por esposo, fugiu, uma noite, do castelo, acompanhada da colaça, acabando por se abrigar no eremitério, onde fazia jejuns e orações o eremita Gelásio. Pediram o baptismo e a jovem moura suplicou a presença de D. Tedo. O pai de Ardinga partiu, entretanto, com soldados, no encalço da filha renegada, degolou-a e atirou o corpo ao Távora.
D. Tedo, ao ter conhecimento do sucedido, fez voto de celibato e deu sepultura cristã à jovem mártir no local onde mandou erguer (com o irmão) o primitivo mosteiro de S. Pedro das Águias, em Tabuaço. No decorrer das lutas o rei mouro matou D. Tedo nas margens do rio, deixando-lhe o nome.