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Andebol: A história das “lobas sobreviventes” que sonham agora com a Europa

 Andebol: A história das "lobas sobreviventes" que sonham agora com a Europa
06.06.22
fotografia: Jornal do Centro
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 Andebol: A história das "lobas sobreviventes" que sonham agora com a Europa
13.12.24
Fotografia: Jornal do Centro
 Andebol: A história das "lobas sobreviventes" que sonham agora com a Europa

Há duas épocas que os adeptos de andebol do distrito – e da região de Lafões em particular, podem assistir a jogos da primeira divisão feminina. A Academia de Andebol de São Pedro do Sul tem levado o nome do concelho de norte a sul do país e depois de terminar em quarto lugar a Primeira Divisão de andebol, o clube espreita agora a possibilidade de jogar as competições europeias. “Podem haver reajustamentos e o facto de saírem equipas da Rússia e Bielorrússia podem dar-nos uma oportunidade e já nos questionaram”, confirma Ana Seabra, a treinadora da equipa, ao Jornal do Centro.

A técnica avançou que a essa pergunta foi dada uma resposta positiva. “Está tudo em aberto. Temos de trabalhar todos nesse sentido porque precisamos de apoio, tem custos. Temos de ser proativos e não só pedir ajuda à comunidade e à região, mas também ter algumas iniciativas que nos dê algum fundo que possa ajudar a que esta situação possa ser concretizada”, refere a treinadora da Academia, acrescentando que “seria um grande prémio por tudo o que este grupo aguentou”.

Ana Seabra afirmou que, este ano, se tornou especialista em adaptações de jogadoras, ou de “lobas sobreviventes”, como lhes chama a treinadora. “Tivemos uma época muito atípica, com dificuldade, perda de jogadoras. Ao longo da época perdemos jogadoras por diversos motivos: trabalho, familiares… O grupo que ficou foram umas sobreviventes. Acreditaram até ao fim no trabalho e o clube só tem de estar muito satisfeito e orgulhoso. Tivemos adaptações constantes. Costumo dizer que, este ano, fiz um doutoramento em adaptações constantes”, referiu a líder de balneário da Academia.

O clube acabou, então, em quarto lugar a Primeira Divisão de andebol feminino. No total, em 26 jogos. a Academia somou 15 vitórias, consentiu cinco empates e sofreu seis derrotas. Somou, portanto, 61 pontos. “Ao longo do tempo e conforme os jogos fomos começando a perceber, perante as outras equipas e a qualidade delas, onde estávamos e onde poderíamos estar. Fizemos esse balanço em janeiro. As jogadoras puseram o objetivo de ficar nos quatro primeiros lugares. Eu disse-lhes que não ia ser fácil, que era um objetivo ambicioso, mas não impossível. Teríamos de trabalhar muito”, disse Ana Seabra, reforçando sentir orgulho no trajeto feito.

Para além de ter ganho 15 dos 25 jogos que fez, a Academia terminou como a segunda melhor defesa da prova: à frente do campeão Benfica, por exemplo. Talvez tenha estado aqui um dos segredos para a época realizada, entende Ana Seabra. “As equipas sempre nos respeitaram muito pela nossa consistência defensiva, pelo registo defensivo. Fomos uma equipa bastante agressiva e bastante proativa. É um dado estatístico muito importante. Uma boa defesa permite ganhar consistência e confiança. [Termos] a segunda melhor defesa do campeonato, acima de um Benfica, de um Alavarium, de um Madeira SAD… É mais um dado para ficarmos orgulhosos”, concluiu a treinadora da equipa de andebol da Academia de São Pedro do Sul.

Ana Seabra deverá continuar à frente do clube na próxima época: ao leme de uma equipa que jogará no escalão maior do andebol feminino português e navegará pela Europa, se se concretizar a entrada nas provas do velho continente.

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