A equipa de andebol do Académico de Viseu, campeã nacional da segunda divisão e recém promovida à primeira divisão da modalidade, foi esta terça-feira recebida na Câmara de Viseu pelo presidente da autarquia. Num breve discurso, Fernando Ruas começou por agradecer o empenho de jogadores, equipa técnica e responsáveis pela secção de andebol pelo feito alcançado. “É um privilégio fazer este tipo de cerimónias e gostaria de vos dizer, se calhar com alguma pena, que é a primeira vez que o fazemos”, referiu o autarca. Ruas assinalou que foi acompanhando o percurso da equipa na Segunda Divisão e insistiu que o Académico “levou o nome de Viseu ao resto país”.
O presidente da Câmara disse que ao executivo municipal cabe “fazer a comunidade mais feliz” e para isso “contribui o desporto”, recordando que jogou futebol no Académico. “Sei como a cidade e a região vivem os feitos do Académico, a que nível for”, contou, indicando que o andebol “não era onde o Académico melhor se movimentava e se calhar se tivessem sido acompanhados pela equipa de futebol, tanto melhor”.
Nuns Paços do Concelho lotados com jogadores, equipa técnica e responsáveis pelo andebol do Académico, Ruas não quis acabar o discurso sem referir que quem ali estava merecia a homenagem. “Estão aqui por vosso mérito. Só por isso. O presidente da Câmara não jogou, não escolheu os jogadores, os dirigentes. O mérito é todo vosso. Às vezes somos responsabilizados pelos deslizes e também não somos responsáveis, como também não o somos pelos êxitos. Somos responsáveis, sim, por ir criando as condições para que os clubes desenvolvam a sua ação”, assinalou o autarca.
Projetando o futuro, Fernando Ruas diz não esperar que o Académico “faça uma época descansada e que nos habituemos a ver o andebol de Viseu e do Académico lá no topo”. No discurso, Ruas admitiu ser um fã de andebol muito por influência de Joaquim Escada, presidente da Associação de Andebol de Viseu, que também esteve presente na cerimónia de homenagem e de troca de lembranças entre clube, autarquia e a própria Associação. “Agora é difícil [a manutenção]. Para o ano vão ficar só 12 equipas na primeira divisão. Nós acreditamos. Eu cheguei a referir isso numa entrevista [ao Jornal do Centro], dizendo que acreditava que era este ano. Continuamos a acreditar que todos juntos, de mãos dadas, com a autarquia, com o povo de Viseu, vamos conseguir manter-nos”, referiu Joaquim Escada.
Nesta cerimónia, o responsável pelo andebol do Académico, Paulo Ferraz mostrou-se extremamente satisfeito por tudo o que o clube viveu. “Agradeço a toda esta equipa. Foram verdadeiros heróis. No ano passado, ficámos a uma pontinha de subir. Este ano planeámos, internamente, esse objetivo. Foi um percurso notável. Fomos vencendo as etapas. Tivemos algumas contrariedades mas soubemos vencê-las com a garra beirã”, realçou Paulo Ferraz.
No final, a tradicional troca de lembranças e a fotografia que juntou jogadores, equipa técnica, responsáveis pela modalidade, presidente da Associação de Andebol de Viseu, vereador do Desporto e presidente da Câmara. O Académico ofereceu uma camisola autografada ao município, que retribuiu com uma salva em estanho evocativa do feito alcançado pelo clube. A Associação de Andebol de Viseu fez também questão de deixar ao clube viseense uma lembrança para que a data não mais seja esquecida.
