A taróloga Micaela Souto Moura traz as previsões do Tarot, na semana…
A Farmácia Grão Vasco procura estar perto da comunidade e atenta às…
O ano passa a correr e já estamos no Natal. Cada mês…
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Jorge Marques
por
Vitor Santos
1. O S. Pedro, com o seu mau feitio, bem quis estragar o S. João mas não teve sorte nenhuma. O povo, com mais anoraque menos anoraque, lá saiu à rua como de costume. Em todo o lado, boa companhia e uma alegria que já não se via desde antes da epidemia.
Em Vildemoinhos, tudo como manda a tradição: sardinha ao de cima da boroa, boa pomada, claro, e o pinheiro lá ardeu.
E, no Porto, o fálico alho porro agora dá marteladas de plástico. Já a púbica erva cidreira das raparigas desapareceu de vez. Seguiu o uso dos tempos, foi à depilação.
E o que verdadeiramente importa mantém-se ano após ano, século após século, milénio após milénio: nas noites mais pequenas do ano, os manjericos e as manjericas aprochegam-se uns dos outros. No S. João, o povo unido jamais será deprimido.
E, durante as clausuras da peste, o povo poupou 13 mil milhões de euros, agora está proustiano, à la recherche du temps perdu, em busca do tempo perdido, ele é festivais de verão com o Nick Cave, ele é voos low-cost para todo o lado, tudo a bombar, toalhinha à sombra da falésia, bola de berlim com recheio, meninos e meninas nos parques temáticos, digo, parques aquáticos, digo, os dois.
E há que evitar as doenças em férias, uma recomendação da dra. Graça Freitas, que alerta para os perigos do bacalhau à Brás piquenicado nos parques de merendas que os senhores presidentes da junta espalham na paisagem nas vésperas da sua mais do que merecida reeleição.
E há cem anos, depois da pneumónica, foram os “années folles”, os “roaring twenties”. E agora, depois da covid, hão-de aí vir uns novos “loucos anos 20”.
E o sr. Putin mai’los seus idiotas úteis bem querem espalhar a infelicidade no mundo mas não o vão conseguir, tenham lá paciência, o que tem que ser tem muita força.
2. Os utilizadores de bicicletas, trotinetes, skates, patins, segways, hoverboards, monociclos e aparatos afins enchem de felicidade a sueca Greta Thunberg e a alemã Luisa Neubauer. Para não falar nos pequenos, médios e grandes autarcas que adoram a dita “mobilidade suave”.
Nada contra este enlevo. Pelo contrário, gosto muito de ver esta paixão ecolo, é bom sabê-la com cada vez mais fãs. Tudo muito louvável, embora seja sempre preferível uma grácil ciclista a pedalar numa avenida do que um hipster, de barba aparada e trotinete, a ultrapassá-la a vinte e cinco à hora.
Atenção, caras e caros ciclistas, caras e caros trotinetistas, quando a vossa “mobilidade” é exercida nos passeios ela é tudo menos “suave”. Os passeios são para os peões, não são para vossências.
Muito obrigado
por
Joaquim Alexandre Rodrigues
por
Jorge Marques
por
Vitor Santos
por
José Carreira
por
Alfredo Simões