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Joaquim Alexandre Rodrigues
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A Ecopista do Vouga, que tem mais de 60 quilómetros, estará concluída em outubro, revelou esta terça-feira (28 de junho) o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões, Fernando Ruas, numa visita às obras daquela estrutura, em Oliveira de Frades.
“Pensamos que a obra esteja concluída em outubro. Esta ligação é potenciada com a Ecopista do Dão, que já está concluída”, disse Fernando Ruas.
Numa visita às obras em Oliveira de Frades, que tem 27 dos 63 quilómetros da Ecopista do Vouga, o presidente da CIM Viseu Dão Lafões disse aos jornalistas que o objetivo é ligar também ao Mondego.
“Mais tarde prevê-se a ligação para a zona do Mondego, o que significa que podemos ficar aqui com uma estrutura que sai do litoral, avança pelo interior e volta ao litoral. Pensamos que isso pode ser muito apelativo para quem se dedica ao desporto da natureza”, defendeu.
Com um piso diferente do da Ecopista do Dão, já que não é alcatroada, Fernando Ruas disse que “há quem defenda este tipo de piso como muito mais saudável”, embora tenha reconhecido que foi por “uma limitação orçamental”. O valor da obra é “superior a três milhões” de euros.
“É bom que, numa estrutura com esta dimensão, haja diferentes pisos. A do Dão, que tem 49 quilómetros, foi feita até com o pormenor de ter as cores dos municípios que atravessa, mas foi noutras circunstâncias. Também há quem defenda que não é tão boa para a corrida como esta”, apontou.
Fernando Ruas acrescentou que com a Ecopista do Vouga, somando a Ecopista do Dão e a futura ciclovia, a zona Centro fica com uma estrutura que “pode ser uma alavanca ao desenvolvimento”.
“Esta tem uma outra potencialidade, que é a requalificação da Estrada Nacional (EN) 16, à semelhança do que se fez na EN2”, disse.
Para terminar esta ciclovia, explicou o também presidente da Câmara de Viseu, “falta fazer a ligação à Ecopista do Dão”, na Avenida da Europa, junto ao Tribunal, no concelho a que preside, devido a “constrangimentos com partes da via”.
“Durante muito tempo isto esteve abandonado, as pessoas foram tomando posse e agora libertar esses terrenos é difícil, porque há ocupações que têm alguma duração e as pessoas sentem uma certa legitimidade. Mas já tratámos desses obstáculos”, contou.
O presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Frades, João Valério, disse aos jornalistas que a Ecopista do Vouga “representa um forte investimento no turismo” do concelho e “insere-se na política de desporto aventura e desporto natureza que os executivos têm vindo a implementar” no território.
“Representa também aquilo que, para mim, deve ser o investimento público nos concelhos do interior, porque é em rede, atravessa vários concelhos e permite ao turista conhecer todo um território. Não só as partes urbanas como as freguesias”, defendeu.
A visita contou também com a presença dos presidentes das câmaras abrangidas pela Ecopista do Vouga: São Pedro do Sul (Vítor Figueiredo) e Vouzela (Rui Ladeira), que já têm prontos os seus quilómetros da via, com três e sete quilómetros, respetivamente.