PSD: em Mangualde, Mesa da Assembleia e Comissão Política não casam no mesmo dia

As eleições para eleger o novo presidente da Mesa da Assembleia da Comissão Política Concelhia do PSD de Mangualde deverão ser realizadas brevemente, assim que a Comissão Política Distrital marque uma data.

Bruno Pinto terminou o mandato a 18 de julho e, ao que tudo indica, não se recandidata ao cargo, numas eleições que estão “desfasadas” com as eleições para a própria Comissão Política que assumiu funções depois das eleições autárquicas e que agora é liderada por Pedro Campos. Bruno Pinto já tinha transitado da anterior liderança de Luís Amaral que, entretanto, foi suspenso do Partido. Isto porque, na altura em que os sociais-democratas de Mangualde elegeram a nova Comissão Política, a Mesa da Assembleia não se demitiu.

E no PSD em Mangualde há quem fale em “confusões internas”, cenário que os dirigentes locais e distritais afastam.
Alguns militantes dizem estranhar demissões como as de Catarina Lourenço que era líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal ou a de um vogal da Comissão Política. “Após falta de trabalho partidário, de diálogo e sem apoio dos militantes começaram as portas a bater”, analisa um militante.
Há quem também defenda que “alguma crispação que ainda possa haver” resulta do facto de quem fez as listas antes das eleições autárquicas era uma equipa e agora quem está na Comissão Política é outra. “É normal que haja divergências”, assume ainda o mesmo social-democrata.

Mas para Pedro Campos, “não há aqui nenhum padrão que justifique outro tipo de leitura que não sejam casos pontuais perfeitamente justificados”. “O vogal da Comissão Política foi porque se ausentou do país”, esclareceu, sustentando que “tudo está pacífico”.

Eleito em lista única em dezembro de 2021, Pedro Campos recordou que os primeiros meses foram de preparação para os vários processos eleitorais internos do PSD.