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A situação do abastecimento de água em Sernancelhe “é muito preocupante”. Quem o diz é o presidente da Câmara, Carlos Santiago, que revela que há já três localidades a serem abastecidas por autotanques.
“Estamos com muitas dificuldades em Macieira, Tabosa do Carregal e Ponte do Abade, onde já estamos a abastecer com o nosso autotanque. As captações próprias estão completamente secas e as captações onde nós estamos a recolher água para fazer o abastecimento com o autotanque também já começam a ficar numa situação bastante grave”, afirma.
O autarca, que já fez chegar a dar conta da falta de água no concelho, refere que Sernancelhe está quase a chegar ao limite. A Barragem do Vilar, que serve grande parte do município, está com níveis bastante baixos de água e tem agora uma capacidade de apenas 14 por cento, uma situação que preocupa Carlos Santiago.
“Se não tivermos um cuidado muito forte nos consumos e se não chover, nós corremos o risco de, em 2023, em meados de agosto e setembro, não termos água no concelho para consumo humano”, alerta o presidente da autarquia.
Perante esta situação, a Câmara de Sernancelhe decidiu tomar uma série de medidas para fazer face à seca e à falta de água. A sensibilização da população é apenas uma das medidas adotadas, mas não só. Carlos Santiago garante que a autarquia já cortou “tudo o que possa existir em Sernancelhe de regas e o que possa ser desperdício”.
“Reduzimos já a pressão das torneiras nos edifícios municipais. Já fizemos avisos à população. Estamos a controlar os depósitos durante a noite porque, de vez em quando, podem existir perdas. Tem sido feito tudo e mais alguma coisa para reduzir”, aponta o autarca.
Entretanto, a Câmara de Moimenta da Beira reiterou o apelo ao “uso consciente e racional” da água, limitando-a ao consumo necessário, e sensibilizou a população para deixarem de regar, encher piscinas e tanques e lavar viaturas e locais.
CIM Douro discute seca com o Governo
Já a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Douro vai reunir na próxima sexta-feira (12 de agosto) com a Agência Portuguesa do Ambiente e o secretário de Estado do Ambiente para discutir a seca que afeta em grande medida o norte do distrito de Viseu.
Carlos Santiago, que é também presidente da CIM, diz que há investimentos urgentes a fazer na região. Obras essas que, recorda, são faladas há vários anos.
“Vamos pedir ao Governo o que temos pedido há muito tempo para se conseguir criar uma simples barragem para regadios e ter qualquer coisa neste território. Não temos a minibarragem de Armamar concluída, nem a barragem de Moimenta da Beira, senão teríamos água para os nossos regadios e para questões de segurança”, sustenta.
Carlos Santiago argumenta que é preciso mais agilidade e menos burocracia para resolver a seca e diz que faltou bom senso à tutela para responder à situação, dizendo que “não foi por falta de aviso” tanto ao Governo como à Agência Portuguesa do Ambiente que a água no Vilar está agora com níveis tão baixos.
“A própria EDP sabia dos níveis mínimos e ninguém quis saber. Agora, nesta fase, estamos todos com as mãos postas no ar à espera que chova e é importante que a APA e o Governo percebam que a lei é muito importante, mas faltou o bom senso para as instalações e exigimos que o Governo nos ajude a encontrar soluções urgentes por causa deste problema”, conclui.