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Mariana Mouraz
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Pedro Baila Antunes
Fernando Medina contratou o amigo Sérgio Figueiredo, por dois anos, e com salário equivalente ao de ministro, que gente fixe faz-se pagar bem, para consultor estratégico do Ministério das Finanças, na área das políticas públicas.
Bem escrutinada, e feito o seu balanço social, descortinou-se que não há na tão gorda Administração Pública (AP) gente capaz de tal empresa, razão que levou o ministro a ir ao mercado privado buscar mão-de-obra qualificada…
Fora esta ironia sonsa, inclino-me mais para uma desqualificação e uma ofensa gratuita ao funcionalismo público que há-de ter, no seu seio, gente mais do que capaz para levar a bom porto tal causa.
Tornou-se claro o jeito e encosto.
Senão vejamos: investigações recentes apuraram que, ainda na Câmara, Nando pagou a Serginho e à namorada, Laurindinha, 30.000 € por um servicinho de 13 dias.
E neste ínterim, Serginho enquanto director de informação da TVI, ajustou com Nando um serviço de comentário político semanal.
Foi óbvio, na altura e agora, que a pia, mas calada, intenção passou, e passa, por trabalhar a imagem, e dar visibilidade e notoriedade a quem tem ambições a outros cargos, num tempo que se aproxima.
Chegou a hora de Nando, mostrando ter memória, retribuir o favor!
Nesta “conquista”, até pode ser tudo escorreito e não haver nada na manga, mas lá que a escolha cheira a esturro, cheira!
Soa a estranho que as vidas públicas destes dois amigalhaços se entrelacem tanto, e tão simpaticamente, em tão pouco tempo!
Podem vir todas as explicações possíveis e imaginárias, que estas transacções não deixam de cheirar a podre.
Podem vir os alcoviteiros e os comissários do costume, com o seu cardápio de justificações e moralidades, brandir que esta questão não passa de um não assunto, expressão tão na moda no léxico costista, ou de ela ser uma peleja gratuita contra o governo, que, mesmo assim, o agora sucedido não deixa de saber a azedo, com contornos de jeito e encosto.
Em termos de credibilidade, esta contratação tem um efeito devastador, e volta a ser um “menino de coro”, um acólito de Costa, a estragar-lhe a popularidade.
Manda, então, a decência que haja travão nestes despautérios e desconchavos.
E que baixem as armas os que, teimosamente, insistem que o governo é um ser virtuoso, imaculado, onde não cai mancha nem pousa nódoa.
Serginho é um furúnculo que fica a purgar na pele dura que cobre as asneiras do governo, até que melhores dias venham.
Mesmo aqueles que nas leis e despachos só vêem pudicícia, não deixarão de olhar esta amiga contratação como um trambolhão que, fatalmente, deixará mazelas de difícil cura.
Apesar de há 7 anos no poder, o governo, inexplicavelmente, tem sido imprudente, e revelado pouco siso em matérias de algum melindre.
Fica claro que Medina foi trapalhão, e não serve para a função.
A questão de fundo é conhecida, e antecipável: abelhudos andam os ventos que assopram os tiques das maiorias absolutas, o excesso de autoridade, a sensação de imunidade, a arrogante leviandade.
Cabe, por fim, recordar a quem participa no festim que, quanto mais cedo os instrumentos desafinarem, mais depressa acabará o baile.
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Mariana Mouraz
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Joaquim Alexandre Rodrigues
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Pedro Baila Antunes
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Jorge Marques
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Joaquim Alexandre Rodrigues