O ministro do Ambiente perspetivou ter concluído no final do ano um projeto para a reabilitação da barragem de Fagilde, no distrito de Viseu, e admitiu a possibilidade de alargar os municípios servidos pelas Águas Douro e Paiva.
“Foi celebrado entre a APA (Agência Portuguesa do Ambiente) e o município de Viseu um protocolo para estudar aquilo que é a reabilitação da barragem. A expectativa é que ele fique concluído até ao final do ano”, indicou o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, aos deputados das comissões parlamentares de Orçamento e Finanças, de Ambiente e Energia e de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, em audição sobre a apreciação, na especialidade, da proposta de Orçamento do Estado para 2023.
Com intuito de “reforçar a resiliência” naquele território, o governante adiantou também que deu indicações ao grupo Águas de Portugal, concretamente às Águas Douro e Paiva para estudar a possibilidade de dar resposta em termos de abastecimento em alta a um conjunto de municípios do distrito, nomeadamente São Pedro do Sul, Oliveira de Frades, Viseu, Nelas, Mangualde, Penalva do Castelo, Sátão e Vila Nova de Paiva.
“Se as duas soluções foram aplicadas aquele território ficará com soluções mais robustas”, sublinhou.
Em junho deste ano a Câmara de Viseu admitiu aderir à Águas do Douro e Paiva, mesmo que as autarquias vizinhas não a acompanhem, por esta ser a solução mais rápida e barata para o abastecimento em alta.
Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas (PSD) referiu que a Águas Douro e Paiva “é quem tem mais capacidade em termos nacionais e, neste momento, estão a 55% de capacidade de água” nos seus reservatórios.
No seu entender, “o futuro passa por pertencer ao sistema do Douro e Paiva para fornecer a água em alta e ter também a Barragem de Fagilde pronta para ter um reservatório de água suficiente para o abastecimento”.
