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O Museu de Aristides de Sousa Mendes, que irá ser criado na antiga casa do cônsul que salvou milhares de judeus durante a Segunda Guerra Mundial, deverá abrir portas no final do próximo ano.
O projeto de requalificação do edifício e de musealização foi apresentado este domingo (20 de novembro), em Carregal do Sal, na presença do ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva.
“A Casa do Passal [em Cabanas de Viriato] vai ser transformada no Museu Aristides de Sousa Mendes”, explicou ao Jornal do Centro o presidente da Câmara carregalense, Paulo Catalino.
O projeto resulta de uma parceria estabelecida entre o município, Direção Regional de Cultura do Centro e Fundação Aristides de Sousa Mendes. O futuro museu representa um investimento de 2,8 milhões de euros. Na reabilitação do edifício da antiga casa senhorial será gasto um milhão de euros. O restante montante servirá para pagar os arranjos do exterior do imóvel e a parte dos conteúdos.
“O museu vai contar toda a história de Aristides de Sousa Mendes desde que começou como cônsul em Curitiba, Brasil, passando por Zanzibar, na Tanzânia, e Bordéus, em França, quando terminou com a sua carreira por ser perseguido por Salazar”, explica o autarca.
O diplomata foi expulso pelo regime depois de ter passado vistos a milhares de pessoas. Estima-se que tenha salvo 30 mil pessoas da morte, a maioria judeus que fugiam ao regime nazi. Este gesto humanitário que valeu a Aristides o reconhecimento, de Israel em 1966, como “Justo entre as Nações”, será o foco do futuro espaço museológico.
Durante anos a Casa do Passal esteve em ruínas. Primeiro foi reabilitado o exterior do edifício. No último verão arrancou a intervenção do interior do imóvel. Paulo Catalino estima que as obras estejam concluídas em setembro de 2023.
“A expectativa é que no último trimestre de 2023 teremos a obra pronta”, adianta, realçando que a Câmara, a dona do projeto, será também a entidade responsável pelo museu.
“O conteúdo vai resultar de um trabalho que vai ser feito por uma equipa de investigação liderada pela professora Cláudia Ninhos, investigadora de história contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, e Avraham Milgram, que esteve ligado ao Museu do Holocausto, em Israel”, refere.
Este domingo, para além de ter assistido à apresentação do projeto do futuro Museu Aristides de Sousa Mendes e de ter visitado a Casa do Passal, o ministro da Cultura, descerrou uma placa alusiva à inclusão do Centro Cultural de Carregal do Sal na rede de teatros e cineteatros portugueses. O governante presidiu ainda às comemorações dos 150 anos da Sociedade Filarmónica de Cabanas de Viriato.