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JMJ – Despesa prevista de 160 milhões

 JMJ - Despesa prevista de 160 milhões
30.01.23
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 JMJ - Despesa prevista de 160 milhões

por
Alfredo Simões

É dinheiro dos portugueses que irá servir para pagar a Jornada Mundial da Juventude, a decorrer em 2023, em Lisboa. Que não sejam 160 mas apenas 100 milhões de euros, independentemente de serem administrados pelo Estado (central e autarquias) ou pela Igreja, certamente que é muito dinheiro e explica a polémica gerada.
Com este dinheiro, serão construídas infraestruturas e adquiridos equipamentos que servirão, não apenas para as Jornadas, mas ficarão para uso futuro dos portugueses, independentemente de serem católicos ou não. Assim, pode entender-se que os benefícios de tais despesas recairão sobre os católicos e não católicos. Que benefícios esperados serão esses? Benefícios que a Igreja católica, do ponto de vista da fé, melhor do que ninguém, saberá identificar, mas também benefícios que resultarão do aumento do volume de negócios e que, em primeiro lugar, servirão os objetivos do sector do turismo, nomeadamente hotelaria e restauração. Provavelmente, os portugueses beneficiarão da melhoria de infraestruturas (estradas, comunicações,…), do emprego criado, do aumento do rendimento disponível, e mesmo da “projeção de Portugal no mundo”, como defendeu o nosso Presidente, etc., etc.
Esta é a narrativa benévola.

Em Portugal precisamos de fazer outra discussão, independentemente de acharmos que 160 milhões é muito dinheiro ou não e que o altar previsto vai custar 4 milhões ou apenas 1 milhão de euros.
Precisamos de discutir quais são as aplicações alternativas desse dinheiro ou, se quisermos, precisamos de discutir se a aplicação desse dinheiro nas JMJ contribui para uma aplicação mais eficaz de redução das desigualdades entre os portugueses ou mais eficiente para melhorarmos a nossa produtividade. Por outro lado, vale a pena discutirmos se a continuada aplicação de dinheiro para fazermos crescer o sector do turismo é a aposta certa para o futuro da nossa economia. Ou ainda, porque razão continuamos a teimar em investir em Lisboa sabendo nós que, desta forma, estamos a acentuar as desigualdades com o restante território nacional e a incrementar a desertificação do interior. Ou, por último, tem de haver uma discussão séria sobre quais os melhores caminhos para reduzirmos drasticamente os níveis de pobreza no País.
Dir-se-á que esta é a narrativa cínica ou demagógica.

Como o dinheiro é escasso (ou vai para um lado ou para outro, não se multiplica na presença de diferentes alternativas) a discussão será vantajosa apenas quando ambas as narrativas estiverem em cima da mesa. Além disso, temos de ter presente que os nossos objetivos enquanto País (Mais equidade? Maior eficiência? Mais saúde? Mais ciência? …) serão alcançados com ações duradouras, persistentes, sem hesitações, com objetivos definidos e não com “shots”, bondosos ou errados, que apenas (?) acentuam o caminho que estamos a trilhar!
Mas, na verdade, no caso da JMJ até já perdemos o timing desta discussão. Agora, sem alternativas, resta-nos – ao menos isso! – minimizar os custos. É caso para dizer: “- Valha-nos Deus!”

Alfredo Simões
(ex-prof Politécnico Viseu)

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