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Passavam poucos minutos das três da manhã quando os bombeiros Fábio Osório e Fábio Igreja saíram para mais uma ocorrência, desta vez na freguesia de Aldeias de Baixo, no concelho de Armamar. O alerta era para uma grávida de 38 semanas, que se encontrava com contrações de cinco em cinco minutos.
Em toda a viajem, do quartel ao local onde estava a grávida, os dois bombeiros julgaram tratar-se de mais um transporte, mas a história acabou por ser diferente: Alice nasceu a caminho do hospital, dentro da ambulância, na Estrada Nacional 313.
“À nossa chegada a mãe referiu que tinha cesariana marcada para dia 2 de fevereiro, porque já era o terceiro filho e os outros também foram de cesariana. Depois da nossa avaliação as contrações alteraram e em vez de cinco em cinco minutos eram de um em um. Passámos os dados ao CODU, tivemos o apoio da SIV [Ambulância de Suporte Imediato de Vida] de Lamego, mas no decorrer da viagem tivemos que parar porque a mãe entrou em trabalho de parto”, contou ao Jornal do Centro Fábio Osório, bombeiro há 17 anos.
Para o soldado da paz esta foi “uma sensação única”. “Já sou bombeiro há 17 anos e esta foi a primeira vez que assisti ao nascimento de um bebé. Fui tio e padrinho há pouco tempo, isto é o juntar de emoções que uma pessoa não sabe explicar. Quando a menina nasceu e começou a chorar foi uma sensação de dever cumprido”, conta.
O parto acabou por ter ainda outro significado para este bombeiro já que Fábio Osório conhecia a grávida. “A mãe estudou comigo no secundário. Quando estudava já tinha o gosto pelos bombeiros, mas nunca na vida pensei que um dia ia fazer um parto a uma colega de escola”, contou entre sorrisos.
Tanto Fábio Osório, como Fábio Igreja descrevem este momento como “muito especial” sobretudo porque há umas semanas tiveram também uma saída para prestar auxílio a oura grávida, mas aqui o desfecho foi outro.
“Foram umas semanas complicadas, com três grávidas. Uma das crianças nasceu já à chegada do hospital e outra, infelizmente, acabou por falecer. O nascimento da Alice acabou por levantar um pouco o ânimo”, disseram.
Agora, os dois operacionais esperam poder acompanhar o crescimento da pequena Alice e, garantem em jeito de brincadeira, estão prontos “para fazer partos em qualquer lado!”