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Os responsáveis da clínica privada de hemodiálise em Lamego abriram as portas do espaço que não tem autorização do Estado para poder funcionar. A visita aberta decorreu esta segunda-feira (6 de fevereiro) e, além da população, juntou também políticos e instituições.
A unidade não pode funcionar porque o Hemodiálise privada chumbada em Lamego pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, já que o mesmo serviço vai ser instalado no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, que gere o Hospital de Lamego.
A hemodiálise no hospital público Hemodiálise disponível no Hospital de Lamego no primeiro semestre de 2023 , anunciou o ministro da Saúde no Parlamento.
A DaVita, operadora da clínica privada, reiterou a contestação à decisão da ARS Norte que foi conhecida em novembro do ano passado. “A decisão da ARS Norte inviabiliza uma solução que providenciaria, no imediato, melhorias na saúde e qualidade de vida dos doentes renais de Lamego”, disse Paulo Dinis, diretor-geral da empresa.
“A DaVita Portugal trabalha para impulsionar o acesso aos cuidados renais e a qualidade de vida dos doentes renais portugueses. Essa é a nossa missão aqui em Lamego, pela qual continuaremos a trabalhar e lutar junto das entidades competentes”, acrescentou o gestor.
Já o presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes, reiterou a posição da autarquia e também defendeu a abertura da clínica, dizendo-se a favor do alargamento da convenção do serviço de hemodiálise às clínicas privadas que pretendem instalar-se na cidade.
“Os doentes hemodialisados de Lamego e da região do Douro Sul devem ser livres de escolher a clínica que presta o melhor serviço. Assumimos uma posição de defesa da qualidade de vida dos nossos doentes. Observando a qualidade da intervenção neste espaço e dos equipamentos aqui instalados é um imperativo que esta clínica comece a trabalhar. Não compreendemos que se desperdicem recursos de investimento em equipamentos que, por enquanto, não têm utilização”, sustentou.
Também presente na visita esteve o deputado do PSD Hugo Maravilha, que questionou o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, acerca da decisão da ARS Norte no Parlamento.
A clínica privada foi construída com um investimento de 2 milhões de euros. A DaVita argumenta que o espaço “é a única solução para que os doentes renais crónicos da região evitem as horas de viagem que atualmente são obrigados a percorrer para realizar o tratamento que necessitam”.