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A região demarcada do Dão registou o maior aumento nas exportações de vinhos em todo o país no ano passado. Os dados são da ViniPortugal. O último relatório disponível, que dá conta do desempenho entre os meses de janeiro e novembro, revela um aumento de 19,23% face a 2021.
No último ano, os vinhos do Dão faturaram mais de 19,7 milhões de euros com as vendas para o estrangeiro. Já o Douro, que abrange o norte do distrito de Viseu, exportou mais – no valor de 66,1 milhões de euros – , mas as vendas registaram uma quebra de 1,85% em comparação com o ano anterior.
A nível geral, as exportações de vinhos portugueses subiram 1,5% no ano passado, atingindo um recorde de 941 milhões de euros, destacando-se mercados como França, Estados Unidos e Reino Unido, segundo dados da ViniPortugal.
Em 2022, “as exportações chegaram aos 941 milhões de euros, o que representa um aumento de 1,52% comparativamente ao período homólogo”, indicou, em comunicado, a ViniPortugal – Associação Interprofissional do Vinho.
No que se refere aos principais mercados de destino, França surge em destaque, com 111 milhões de euros, mais 3,2% do que em 2021. Seguem-se os Estados Unidos (105 milhões de euros) e o Reino Unido (83 milhões de euros).
De acordo com a ViniPortugal, uma das maiores subidas foi verificada na Angola, ao contrário do que tinha acontecido no ano anterior, que mais do que duplicou (+103,6%) o valor das exportações, seguido pelo México (+74,6%) e pelo Japão (+24,6%).
“Estamos muito satisfeitos com os resultados obtidos, tendo em consideração que foi o ano em que se deu início a uma guerra, que ainda continua, e que nos trouxe fragilidades económicas e até de acesso aos mercados”, afirmou em comunicado o presidente da associação, Frederico Falcão.
O responsável da ViniPortugal referiu ainda que o objetivo para 2023 é atingir 1.000 milhões de euros de exportações, “assentando este crescimento no aumento do preço médio”.
Frederico Falcão disse que a ViniPortugal está a trabalhar nesse sentido, através da promoção nos mercados tradicionais e da abertura de novos mercados “onde o potencial de crescimento é grande”.