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A Cáritas Diocesana de Viseu vai remodelar quatro casas que vão servir para alojamento de emergência. As habitações localizadas na cidade de Viseu, serão destinadas a vítimas de violência doméstica, refugiados ou sem abrigo.
Segundo o presidente da Cáritas Diocesana de Viseu, estas casas servirão apenas para alojamento temporário, até que sejam encontradas soluções. Felisberto Figueiredo explicou ao Jornal do Centro que as habitações, que pertenciam à Fundação D. José da Cruz Moreira Pinto, estavam em ruínas e vão agora ser recuperadas para dar resposta em diferentes situações, como catástrofes, acidentes, incêndios ou violência.
“Estas resposta social na área da habitação faz falta em Viseu. Vimos essa necessidade quando foi a situação dos refugiados da Ucrânia, percebeu-se as dificuldades que houve em se arranjarem respostas para eles, e em alguns casos nem se conseguiu tiveram que ir para outros sítios”, frisou.
O investimento na recuperação das casas é de cerca de 300 mil euros, mas a Cáritas Diocesana de Viseu vai candidatar o projeto ao PRR – Plano de Recuperação e Resiliência. Segundo o responsável, falta agora concluir o registo de propriedade para depois avançar com a candidatura, o que deverá estar concluído ainda no primeiro semestre deste ano, já as habitações deverão estar requalificadas dentro de dois anos.
“O projeto está bem encaminhado, pelo menos a informação que temos é que a candidatura está em condições de ser aprovada, mas ainda nos falta o registo de propriedade, em termos de burocracia é mais demorado. Penso que dentro de algumas semanas conseguimos fazer o registo, para depois enviarmos a documentação para a estrutura do PRR. Estou convencido que no primeiro semestre deste ano teremos a candidatura aprovada e em dois anos deverão estar terminadas as obras”, disse Felisberto Figueiredo.
Cáritas de Viseu apoia centenas de pessoas todos os meses
Alimentação e roupa continuam a ser os bens mais procurados por quem pede ajuda a Cáritas. Por mês, são centenas as pessoas que são apoiadas pela organização.
Felisberto Figueiredo explica que “os números se têm mantido, depois do aumento provocado pela crise e pela guerra”.
“Há momentos de mais procura do que outros, mas os números têm-se mantido. Anda na casa das centenas todos os meses”, destacou.
Entretanto, decorre até ao fim de semana a campanha nacional de recolha de donativos para a Cáritas. Por estes dias, mas sobretudo sábado e domingo, centenas de voluntários vão estar na rua.
A iniciativa junta toda a rede Cáritas em Portugal e acontece todos os anos na semana que antecede o Dia Nacional Cáritas, assinalado no 3º domingo da Quaresma, este ano no dia 12 de março.
Assim, segundo a Cáritas, “entre os dias 5 e 12 de março, uma onda de voluntários e amigos da rede Cáritas espalha-se por todo o país apelando ao contributo de todos os portugueses como forma de expressarem a sua solidariedade. Mas, seja na rua ou em formato online, todas as todos podem ajudar a reforçar a ação da Cáritas no combate à pobreza e exclusão social”.