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A cultura na sua forma mais alternativa regressa mais uma vez à cidade de Lamego, que acolhe a 12.ª edição do festival Zigurfest entre os dias 27 e 29 de julho.
O calendário será antecipado em comparação com as últimas edições, já que o evento costuma decorrer em agosto. Os territórios, as pessoas e as tradições são os principais motes da nova edição da iniciativa que marca o verão na ‘capital’ do norte do distrito de Viseu.
O festival irá dividir-se entre vários locais, entre eles o Teatro Ribeiro Conceição, a Rua da Olaria, o Museu de Lamego, o Parque Biológico e a Casa do Artista, esta última situada no Bairro do Castelo, no centro histórico da cidade. Este ano, o evento quer “voltar a repensar a forma de colocar-se ao serviço de quem o fez sobreviver ao longo destes anos: o público e os artistas”, revela a organização.
“Dessa forma, antecipa-se no calendário e reconfigura-se como um pequeno laboratório de criação, pensamento, debate e práticas artísticas”, adianta, acrescentando que quer “estar em diálogo constante com as mais pertinentes criações artísticas feitas em Portugal, colocando o ZigurFest ao serviço da comunidade, aproximando ainda mais artistas e público e esbatendo a fronteira entre criador e criação, novidade e tradição”.
O diretor musical do Zigurfest, António Matos Silva, afirmou que esta mudança, a primeira em doze anos de atividade, acontece numa altura em que muitas estruturas culturais, incluindo a organização do festival, sofreram cortes nos apoios financeiros.
“Mas porque estamos aí há mais de uma década e queremos ficar pelo menos mais uma, reforçámos as parcerias de sempre e preparámos uma edição que assinala uma nova fase do festival” que conta com o apoio da Câmara e do Museu de Lamego, garantiu.
A entrada vai ser gratuita em todas as atividades. Puçanga e Ana Silva são as artistas residentes deste ano e vão trabalhar com a população local para esbater e reorganizar fronteiras entre tradição e modernidade. Puçanga e Ana Silva vão atuar nos dias 27 e 29 de julho, às 22h00 em Penude e pelas 23h00 no Museu de Lamego, respetivamente.
Outras atrações musicais incluem os Amuleto Apotropaico (23h00 do dia 27 em Penude), Hetta (meia-noite do dia 28 na Rua da Olaria), Máquina (01h00 do dia 28 também na Rua da Olaria), Azia (23h00 do dia 28 na Rua da Olaria), Gesso (00h00 do dia 29 no Museu de Lamego) e Silvestre (01h00 do dia 29 no Museu). Todos estes projetos trazem “eletricidade pronta para ser descarregada em diferentes voltagens e velocidades”.
“Os modulares de Rita Silva preveem o abrir de todo um novo cosmos no centro da cidade, enquanto que a precisão lírica de Azia promete deixar-nos com a cabeça a andar à roda; já de Silvestre dizemos apenas que esperamos uma festa à medida da música que tem editado: colorida e memorável”, anteveem os promotores do Zigurfest.
Além da música, o ZigurFest também será preenchido com workshops às tardes. Bruno Senra é o cozinheiro convidado que irá dar uma oficina de culinária regional tendo como principais motes a sustentabilidade e o combate ao desperdício no dia 27 de julho, às 14h30, em Penude.
Inês Castanheira vai trazer na Casa do Artista, no dia 28, os seus objetos sonoros para uma tarde de exploração sonora com todos os participantes. Já Bernardo Álvares irá estar no dia 28 a trabalhar com os utentes da associação de apoio às pessoas com deficiência Portas P’ra Vida, no Teatro Ribeiro Conceição.
João Taveira vai deixar a claro as ligações entre arquitetura e ruído numa palestra aberta ao público a partir das 18h30 do dia 28 na Casa do Artista.
E o “beatmaker” Cálculo vai organizar um passeio no Parque Biológico de Lamego, numa visita marcada para as 14h30 do dia 29, sendo que depois irá criar com os participantes desse passeio um novo tema a pensar na ecologia e no ambiente.