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As extensões de saúde de Alcofra, Cambra, Campia e Queirã, no concelho de Vouzela, vão reabrir. Esta foi uma das condições impostas pela Câmara Municipal para fechar o processo de transferência de competências na área da saúde.
“O que o município disse foi que só estaríamos disponíveis para receber as competências caso a resposta de saúde no concelho permitisse ter esta rede de proximidade, incluindo as extensões de saúde. Antes da pandemia estavam em funcionamento e com a pandemia fecharam, o que compreendemos. Mas, logo a seguir contestamos a não reabertura e por isso é que colocámos neste patamar de exigência de que só iríamos aceitar competências caso reabrissem as extensões”, explicou o autarca, Rui Ladeira.
A reabertura das quatro extensões, que abrangem cerca de quatro mil utentes, surge integrada numa proposta técnica que prevê a criação de uma Unidade de Saúde Familiar (USF) e irão funcionar numa política de marcação de consultas, com pelo menos 24 horas de antecedência. A ideia é que “médicos e profissionais se desloquem às extensões durante um período pré-definido. Estamos a falar de 15 a 20 consultas por semana e essa programação será trabalhada”, frisou Rui Ladeira.
A reabertura das extensões ainda não tem data, mas o autarca gostava que “por altura do verão já pudessem estar em funcionamento”.
“Agora depende da aprovação da USF, um processo que os profissionais apresentaram ao ACES [Agrupamento de Centros de Saúde] Dão Lafões, que agora farão a análise e quando for aprovada será posta em prática. Pedi celeridade, espero que ainda seja no verão e tenho feito a necessária pressão”, afirmou.
Rui Ladeira espera ainda que haja um reforço de profissionais. “A proposta da ARS [Administração Regional de Saúde] eram quatro profissionais, mas era insatisfatório, não era consentâneo com as necessidades e foi adequado. Passam a sete assistentes operacionais, quatro que já estão e mais três que serão contratados. Quanto aos médicos, o ACES e a ARS transmitiram-nos que enquanto há aposentações e não há reposições, o serviço será assegurado pelos restantes médicos até haver uma solução definitiva”, disse.
O autarca acredita que com a criação da USF o concelho passe a ser mais atrativo para os profissionais de saúde. “Com a aprovação da USF, como vai haver melhor remuneração para os profissionais, haverá maior atratividade de Vouzela para receber esses médicos em falta. Agora é preciso que o ministério tenha esses lugares previstos, para que no final sejam sete médicos, sete enfermeiros e sete assistentes operacionais”, explicou Rui Ladeira.
Verba para obras no Centro de Saúde aumentou
Outra das condições apresentadas pela a autarquia de Vouzela para avançar com a transferência de competências foi o aumento da verba para as obras no Centro de Saúde, um edifício com 30 anos.
Inicialmente o valor era de 260 mil euros, números que o executivo entendeu com insuficiente, subindo agora para cerca de 1,3 milhões de euros. Rui Ladeira espera que a obra esteja pronta “no prazo de dois anos e meio, três”.
“A proposta da ARS ao município de 260 mil euros era muito baixo relativamente à avaliação que o município fez com a sua equipa técnica, em que apontava para quatro vezes mais. Foi fechado o acordo com uma proposta a ser prevista no PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] de 1,3 milhões de euros”, esclareceu.